Solidariedade: Ajuda à Igreja que Sofre atenta à situação «preocupante» em Cabo Delgado

Fundação pontifícia alerta que «ameaça terrorista está a crescer» em África

Foto: Lusa

Lisboa, 08 jan 2021 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) alerta que a “ameaça terrorista está a crescer” em África, nomeadamente em Cabo Delgado (Moçambique), situação que “vai estar no centro da atenção da ajuda” da organização em 2021

“O extremismo religioso dos islamitas violentos e radicais está a aumentar e ameaça destruir a coexistência pacífica existente entre cristãos e muçulmanos, à medida que os extremistas lutam pelo poder e pelos recursos económicos”, alerta o presidente executivo internacional da AIS.

Em nota enviada à Agência ECCLESIA, pelo secretariado português da fundação pontifícia, Thomas Heine-Geldern salienta que “é muito preocupante” a situação que se está a viver em diversos “países do Sahel” e no norte de Moçambique, em Cabo Delgado, região alvo de ataques violentos por grupos armados que reivindicam pertencer ao autoproclamado Estado Islâmico (Daesh).

A AIS lembra que ao longo de 2020 houve “um aumento enorme de violência” em Cabo Delgado, “com pessoas decapitadas, vilas e aldeias que caíram nas mãos dos jihadistas e muitas pessoas sequestradas”, nos ataques que começaram em outubro de 2017 e calculam que “já morrido mais de duas mil pessoas e haverá mais de 600 mil deslocados internos”.

Neste âmbito, em novembro, a fundação internacional decidiu apoiar as dioceses moçambicanas que acolhem os deslocados “com uma ajuda de emergência no valor de 100 mil euros” e que “procura aliviar o sofrimento e trauma” destas populações, explicou Regina Lynch, chefe de Departamento de Projetos da AIS.

“Queimaram igrejas e destruíram conventos, e também raptaram duas irmãs religiosas. Mas quase ninguém prestou atenção a este novo foco de terror e violência jihadista em África, o qual está a afetar todos, tanto cristãos como muçulmanos. Esperemos que haja finalmente uma resposta a esta crise no norte de Moçambique, em nome dos mais pobres e mais abandonados”, desenvolveu Regina Lynch.

A 18 de dezembro de 2020, o bispo de Pemba, D. Luiz Lisboa, foi recebido pelo Papa, no Vaticano, e disse à Agência ECCLESIA que o encontro foi uma “oportunidade muito especial” e uma ocasião para confirmar o apoio de Francisco ao povo de Cabo Delgado.

CB/OC

 

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