Sociedade rende-se ao fácil e ao funcional

Coordenadora nacional do Movimento Fé e Luz contra esquecimento dos que são considerados «imperfeitos» O final do Ano Europeu da Pessoa com Deficiência não trouxe consigo a esperada mudança de atitude da sociedade, em relação a estas pessoas. De acordo com a coordenadora nacional do Movimento Fé e Luz, Alice Caldeira Cabral, o fácil e o funcional continuam a ser “endeusados”. “A sociedade faz o possível por ignorar os nossos filhos e as nossas necessidades”, acusa, em declarações à ECCLESIA. A capacidade de aceitar, numa sociedade contemporânea mais habituada ao fácil e ao funcional, o diferente é algo que faz falta ao mundo de hoje, aponta. “As famílias de pessoas com deficiência mental precisam do amparo dos que as rodeiam. Esta vida foi confiada aos pais, mas também à sociedade no seu todo, que precisa de a ajudar a manter a esperança e a força para enfrentar o dia a dia, com a certeza de que esta é uma vida com valor” refere. Segundo esta responsável, há pouca vontade para ouvir, perceber e acolher as pessoas com deficiência. “O que sentimos, no dia-a-dia, é o que presidiu ao Ano Europeu da Pessoa com deficiência, isto é, a constatação de que elas são invisíveis”, assegura. A situação das pessoas com deficiência ligeira não é menos complicada do que no caso das profundas, alerta. “Eles têm mais capacidade e liberdade, mas continuam a ter limitações importantes e é necessário encontrar o apoio necessário para fazer face a estas dificuldades”, revela. Ver também • Pessoas com deficiência mental precisam da Igreja Católica

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