Sociedade: Papa afirmou «necessidade de paz», lembrando os seis meses de guerra na Ucrânia, e outros conflitos

«Digamos uns aos outros: a guerra é uma loucura», pediu Francisco, que convidou a pensar «em especial» na Ucrânia e na Rússia

Foto Vatican Media

Cidade do Vaticano, 24 ago 2022 (Ecclesia) – O Papa Francisco afirmou hoje que a sociedade tem “necessidade de paz” e alertou para a “loucura da guerra”, no dia que em que se assinalam seis meses de invasão na Ucrânia, lembrando outros conflitos no mundo.

“Faço votos que sejam dados passos concretos para acabar com essa guerra, para evitar um desastre nuclear em Zaporijia”, disse Francisco no final da audiência geral, desta quarta-feira, no Vaticano.

Neste dia 24 de agosto assinalam-se os seis meses de guerra na Ucrânia, que começou com a invasão das tropas russas, e o Papa fez um convite para “pedir a paz”.

“Renovo meu convite para implorar a paz do Senhor para o amado povo ucraniano que sofre o horror da guerra há seis meses.”

“Carrego no coração os prisioneiros, sobretudo os que se encontram em condições frágeis, e peço às autoridades responsáveis que trabalhem na sua libertação”, partilhou no encontro semanal com peregrinos e fiéis de todo o mundo.

Foto Vatican Media

Francisco manifestou preocupação com as crianças, os mortos da guerra, “e tantos refugiados” que tiveram de fugir da Ucrânia, assinalando que também tinham ali alguns, “são tantos”.

“Tantos feridos, tantas crianças ucranianas e russas que se tornaram órfãos, a orfandade não tem nacionalidade, perderam o pai, a mãe, sejam russos, sejam ucranianos”, acrescentou.

Neste contexto, o Papa alertou para a “crueldade”, nos muitos inocentes que “estão a pagar a loucura, a loucura de todas as partes”: “A guerra é uma loucura e ninguém na guerra pode dizer: ‘não, eu não sou louco’”.

“Os inocentes partem, pensemos nessa realidade. Digamos uns aos outros: a guerra é uma loucura”, realçou Francisco, no final da audiência onde concluiu o ciclo de catequese sobre a velhice, que, afirmou, “é onde se tece a sabedoria”.

“Hoje, de modo especial, seis meses desde o início da guerra, pensemos na Ucrânia e na Rússia.”

Na sua intervenção, onde alertou para comércio de armas, referindo que quem beneficia com isso e com a guerra “são criminosos, matam a humanidade”, pediu também que não sejam esquecidos outros “países em guerra”, como na Síria, há mais de 10 anos, no Iémen, onde há “tantas crianças com fome”, nos refugiados da minoria ‘rohingya’, “que viajam pelo mundo por causa da injustiça de serem expulsos de suas terras”.

“Nós temos necessidade de paz”, concluiu o Papa, no contexto dos seis meses de guerra na Ucrânia, que se assinalam esta quarta-feira, dia 24 de agosto.

CB

 

Vaticano: Papa encontrou-se com crianças e adolescentes da Ucrânia (c/fotos)

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