Situação do país exige consenso entre partidos, patrões e trabalhadores

Porta-voz da Conferência Episcopal admite que Igreja nem sempre tem conseguido responder aos pedidos de ajuda

O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) defende que as respostas para a situação social e económica do país exigem o consenso entre os partidos e também entre trabalhadores e empresários.

O diálogo “tem de ser possível porque sem essa concertação avolumamos os problemas e não somos parte da solução. E nesta situação, é urgente sermos parte da solução”, afirmou o padre Manuel Morujão na conferência de imprensa realizada após a reunião do Conselho Permanente da Comissão Episcopal Portuguesa, que decorreu hoje no Porto.

O responsável referiu-se também à mensagem de Natal dos bispos de Portugal, intitulada “Corresponsáveis na Esperança”, que se centra nas dificuldades económicas sentidas por muitas famílias.

O sacerdote admitiu que a Igreja nem sempre tem conseguido responder aos pedidos de ajuda que lhe chegam porque os seus recursos “não são infindos”.

O padre Manuel Morujão salientou que “o desafio da crise” tem gerado respostas “extraordinárias” de “solidariedade e entreajuda”, nomeadamente através do voluntariado.

“Como os voluntários dizem, mais do que prestarem ajuda, são eles que são ajudados. E nós, nas pequenas experiências que temos, podemos confirmar o mesmo. Quem ajuda é mais ajudado do que a pessoa a quem nós ajudamos”, disse o porta-voz dos bispos portugueses.

O Conselho Permanente é constituído pelo presidente, vice-presidente e secretário da CEP, respectivamente D. Jorge Ortiga (arcebispo de Braga), D. António Marto (bispo de Leiria-Fátima) e padre Manuel Morujão.

A lista de membros deste organismo inclui D. José Policarpo (Cardeal Patriarca de Lisboa), D. Manuel Clemente (bispo do Porto), D. José Alves (arcebispo de Évora), D. Albino Cleto (bispo de Coimbra) e D. Gilberto Reis (bispo de Setúbal).

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