Síria: Representante do Papa pede ajuda à comunidade internacional

D. Mario Zenari diz que o país enfrenta «armadilha infernal» após massacre que terá provocado cerca de 200 mortos

Lisboa, 13 jul 2012 (Ecclesia) – O representante diplomático do Papa na Síria pediu que a comunidade internacional se “apresse” a ajudar o país e afirmou que a população enfrenta uma “armadilha mortal”.

D. Mario Zenari, núncio apostólico em Damasco, falava à agência católica AsiaNews após um novo ato de violência que terá deixado mais de 200 mortos num ataque das forças governamentais contra a aldeia de Tremseh.

A agência oficial síria, a Sana, referiu que as autoridades governamentais atribuem o massacre a “grupos terroristas” e aos “‘media’ sedentos de sangue”.

Para o núncio apostólico, é importante que o Conselho de Segurança da ONU, em particular a China e a Rússia, e a Liga Árabe coloquem as divisões de lado para travar o conflito, acrescentando que a situação na Síria se agrava “cada vez mais”.

As Nações Unidas estimam que perto de 20 mil pessoas tenham morrido nos 16 meses do conflito sírio, que opõe as forças leais ao presidente Bashar al-Assad, e forças da oposição que tenta derrubar o atual regime.

D. Mario Zenari, que esteve no Vaticano para um encontro com o Papa e dezenas de organizações católicas de solidariedade com ação no Médio Oriente, no último mês de junho, revela que a insegurança aumentou.

“Não é possível movimentar-se livremente, há confrontos contínuos e raptos, também em zonas que estavam sob controlo há algum tempo”, precisa.

Para o responsável diplomático, “o país, só por si, não está em condições de libertar-se desta tragédia” que atinge “toda a humanidade”.

O enviado internacional à Síria, Kofi Annan, afirmou hoje que está “chocado e espantado” com as notícias de “combates intensos” e numerosas vítimas na aldeia síria de Treimsa, perto de Hama, e condenou “estas atrocidades nos termos mais fortes”.

OC

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