Síria: Fundação católica internacional contesta cobertura dos media ocidentais

Ajuda à Igreja que Sofre alerta para degradação da situação com impacto sobre a população

Lisboa, 06 jul 2012 (Ecclesia) – A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) defendeu hoje que as informações apresentadas na imprensa ocidental sobre a Síria devem ser vistas de forma crítica e com “muita reserva”.

A posição é apresentada, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, pelo responsável de projetos para a região, padre Andrzej Halemba, segundo o qual algumas notícias têm gerado “verdadeira indignação” junto da comunidade católica síria.

Segundo o sacerdote, as pessoas sentem-se “instrumentalizadas e enganadas pelos meios de comunicação internacionais e queixam-se de que o Ocidente apenas defende interesses próprios”.

A associação católica internacional considera que, face ao que é apresentado nos media, a situação na Síria “é muito mais complicada e difícil de avaliar”.

“Parece que se ignora o facto de estarem em causa lutas internas de poder, tensões religiosas entre diversos grupos muçulmanos, contendas tribais, atos de vingança e retaliação”, assinala a AIS.

Um representante católico, mantido sob anonimato por motivos de segurança, refere à fundação pontifícia que as populações locais são usadas como “escudos humanos”.

A AIS concedeu até ao momento uma ajuda de emergência de 130 mil euros, sobretudo para famílias cristãs em necessidade.

A organização católica alerta para a situação na cidade de Homs, na qual as pessoas se encontram ameaçadas pela fome.

As Nações Unidas estimam que perto de 20 mil pessoas tenham morrido nos 15 meses do conflito sírio, que opõe as forças leais ao presidente Bashar al-Assad, e forças da oposição que tenta derrubar o atual regime.

OC

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