Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente deu a palavra a dois muçulmanos

Resistências ao diálogo inter-religioso não devem deter cultura de amizade e perdão

O diálogo entre Islão e Cristianismo foi o tema das alocuções proferidas por dois muçulmanos durante a sessão de Quinta-feira do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente, que decorre no Vaticano.

Perante o Papa Bento XVI e 185 participantes, o Ayatollah Damad, professor de Direito na Universidade de Teerão, defendeu que a estabilidade mundial só pode ser alcançada se cristãos e muçulmanos puderem viver sem receios mútuos.

O docente reconheceu que no passado houve momentos difíceis nas relações entre os crentes de ambas as religiões e continuam a existir pontos de vista reaccionários, mas o diálogo é o único caminho a seguir.

O sunita Al-Sammak, conselheiro político do Grande Mufti no Líbano, admitiu que o ataque de 11 de Setembro de 2001 às torres do World Trade Center, em Nova Iorque, desencadeou uma fobia ao Islão.

De acordo com aquele responsável, é preciso que cristãos e muçulmanos lutem contra o extremismo e promovam uma cultura de amizade e de perdão, dado que o entendimento e a colaboração das duas religiões no Oriente constituem uma necessidade para o mundo.

Os trabalhos da assembleia, que se realiza entre 10 e 24 de Outubro, estão a suscitar debates sobre outras questões, como a imigração, definida como um direito inalienável, o ecumenismo e a recuperação da família como Igreja doméstica.

Com Rádio Vaticano

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