Bem comum é «critério fundamental da vida social e política»

Bento XVI chama a atenção para os valores que devem reger a unidade cristã, no arranque da 46ª Semana Social dos Católicos Italianos

Numa mensagem enviada no dia 14, ao presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), o Papa olha para os problemas sociais e económicos do país, sublinhando a centralidade da família, a importância da integração e relançando o desafio cultural e político dos católicos.

Perante um quadro global de crise financeira, que tem espalhado “o desemprego e a insegurança” e que favorece o “desanimo e a falta de rumo”, Bento XVI chama a atenção para a necessidade de se trabalhar para o bem comum, no seu sentido mais amplo, exigindo justiça e caridade.

“A fase que estamos a atravessar não se trata apenas de um problema económico, mas sim cultural”, acrescenta o Papa, segundo a Rádio Vaticano, apontando como exemplo a crise demográfica e a dificuldade que tantos adultos têm em agir como educadores.

“A função social desempenhada pela família é central e insubstituível” prossegue Bento XVI, classificando-a como “o coração da vida afectiva e relacional”.

O Papa conclui esta mensagem pedindo à Igreja de Itália para que “forme consciências cristãs maduras, apoiadas num espírito de serviço, de acordo com a fé que professam”.

A 46ª Semana Social dos Católicos Italianos está a decorrer, na cidade de Reggio Calábria, até ao próximo Domingo.

O evento tem como tema “Uma agenda de esperança para o futuro do país”, juntando nestes dias cerca de 1200 delegados, provenientes das 227 dioceses italianas.

Na sessão de abertura, o presidente da CEI, cardeal Ângelo Bagnasco, referiu que “os valores referidos por Bento XVI não estão divididos mas sim unidos e esta ideia deve ser também o fundamento da unidade política dos católicos”.

“É na defesa de valores como a sacralidade da vida e de uma família baseada no matrimónio que se define o ser humano”destacou o prelado, para quem existem conceitos que não são discutíveis, nem quantificáveis.

“As escolhas dos cristãos, tanto na vida pública como na esfera privada, devem ser, antes de mais, coerentes com a fé”, conclui o cardeal Ângelo Bagnasco, em declarações reproduzidas pela agência SIR.

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