Sínodo da Palavra abre-se aos movimentos

Os participantes do Sínodo dos Bispos puderam ouvir experiências de novas comunidades e movimentos no anúncio da Palavra de Deus. Esta Sexta- feira, Kiko Arguello, fundador do Caminho Neocatecumenal, cujos estatutos foram aprovados recentemente pela Santa Sé, testemunhou que o centro da sua vida está “no anúncio”. O fundador explicou que “um dos três pilares do Movimento é a palavra de Deus, celebrada em pequenas comunidades”, indicando que a proposta do Caminho Neocatecumenal é “construir um itinerário que permite ver a vida sob a luz da Palavra”. Maria Voce, presidente desse Movimento dos Focolares está a participar no Sínodo como ouvinte. A presidente teve ocasião de recordar como Chiara Lubich, fundadora do Movimento, “juntamente com um pequeno grupo de companheiras, começou um caminho espiritual designado por um profundo redescobrimento e vida do Evangelho”, em plena 2ª Guerra Mundial. Maria Voce explicou que “o hábito de comunicar as experiências que nascem da vida da palavra ajuda a suscitar uma evangelização cada vez mais autêntica”. A Comunidade de Sant’Egidio esteve representada pelo seu fundador, Andrea Riccardi, que reconheceu que “actualmente as pessoas encontram-se perdidas, têm medo do futuro. Falamos das dificuldades para evangelizar”. “Evangelizar não é uma técnica, mas um transbordar da Palavra. O Sínodo pode ser o momento oportuno para fazer amadurecer no povo de Deus uma nova época de amor pela Escritura”, concretizou. Luis Fernando Figari Rodrigo, superior geral do Sodalício de Vida Cristã, do Peru, afirmou que “é fundamental cultivar o silêncio, que implica não só escutar devidamente, mas fazê-lo in Ecclesia, abrindo o coração à interiorização e adesão à palavra de Deus”. Michelle Moran, presidente dos Serviços da Renovação Carismática Católica (ICCRS), com sede em Roma, insistiu na “relação fundamental que existe entre o Espírito Santo e a Palavra de Deus”. A Presidente apontou que o Movimento está a trabalhar para “produzir recursos que ajudem as pessoas não só a ter acesso às Escrituras, mas também a viver experiências que mudem suas vidas através do encontro com a palavra de Deus”. A Comunidade Católica Shalom esteve representada no Sínodo por Moysés Louro de Azevedo Filho, fundador e moderador geral, com sede do Brasil. O fundador explicou que através de “movimentos eclesiais e de novas comunidades muitas pessoas descobriram a alegria de ser Igreja”. O Pe. Julián Carrón, presidente da Fraternidade de Comunhão e Libertação, dirigiu-se também ao Sínodo afirmando que “a interpretação da Bíblia é uma das preocupações mais sentidas hoje pela Igreja”. “A experiência do encontro com Cristo presente na tradição viva da Igreja é um acontecimento e factor determinante da interpretação do texto bíblico”, referiu. Com Rádio Vaticano

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