Sínodo 2023: Fase diocesana prolongada até agosto de 2022

Secretaria-Geral alarga primeiro momento de auscultação e mobilização das comunidades locais

Cidade do Vaticano, 29 out 2021 (Ecclesia) – A Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos anunciou hoje que a fase diocesana do processo sinodal iniciado este mês vai ser prolongada até 15 de agosto de 2022, permitindo mais quatro meses de auscultação e mobilização das comunidades locais.

A decisão alarga o prazo para a apresentação das sínteses das consultas das Conferências Episcopais, das Igrejas Orientais Católicas e de outros organismos eclesiais.

“Neste período, ouvimos repetidas vezes e de muitas partes o pedido de prolongar a duração da primeira fase do caminho sinodal, para proporcionar uma oportunidade maior ao povo de Deus de fazer uma autêntica experiência de escuta e diálogo”, assinala a nota enviada à Agência ECCLESIA.

O prolongamento do prazo, inicialmente fixado em abril de 2022, quer sublinhar a ideia de que “uma Igreja sinodal é uma Igreja que escuta” e leva em consideração a importância desta primeira fase para o caminho sinodal lançado pelo Papa Francisco.

“As numerosas comunicações recebidas nestas primeiras semanas de caminho sinodal das Conferências Episcopais, dioceses e eparquias são verdadeiramente uma confirmação encorajadora de quantos na Igreja se estão a empenhar em celebrar a primeira fase do processo sinodal – que tem como tema ‘Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão’ – constituída pela consulta ao povo de Deus. Por tudo isto estamos verdadeiramente agradecidos”, acrescenta a Secretaria-Geral do Sínodo.

A auscultação das Igrejas locais é uma etapa inédita, desenhada pelo Papa Francisco, que pediu a cada bispo que replicasse a celebração de abertura que decorreu no Vaticano, a 9 e 10 de outubro, com uma cerimónia diocesana.

A Santa Sé pediu ainda que cada diocese tenha “uma pessoa ou uma equipa de contacto para liderar a fase local de escuta”.

As respostas recolhidas podem ser enviadas para Roma e devem ser entregues à respetiva Conferência Episcopal até agosto de 2022, para uma síntese nacional.

O Vaticano explica, no guia prático (vademécum) distribuído em todo o mundo que “a finalidade da primeira fase do caminho sinodal é favorecer um amplo processo de consulta”, com atenção à “voz dos pobres e dos excluídos, não somente daqueles que desempenham alguma função ou responsabilidade” na própria Igreja.

Os responsáveis diocesanos são chamados a “tentar o máximo de inclusão e participação, chegando ao maior número de pessoas possível, e especialmente às que se encontram na periferia e que, muitas vezes, são excluídas e esquecidas”.

Apesar de se sublinhar a importância de integrar o processo em cada diocese, “qualquer grupo ou indivíduo” que não tenha oportunidade de o fazer a nível local pode enviar os seus contributos diretamente para a Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos.

O percurso para a celebração do Sínodo está dividido em três fases, entre outubro de 2021 e outubro de 2023, passando por uma fase diocesana e outra continental, que dará vida a dois instrumentos de trabalho diferentes distintos, antes da fase definitiva, ao nível mundial.

OC

Um Roteiro em 10 passos para a fase diocesana do Sínodo

  1. Nomeação da(s) Pessoa(s) de Contacto da Diocese
  2. Criação de uma Equipa Sinodal Diocesana
  3. Discernir o caminho para a sua diocese
  4. Planeamento do processo participativo
  5. Preparação dos coordenadores dos grupos para as reuniões da consulta sinodal
  6. Disponibilizar um seminário de orientação para a Equipa Sinodal Diocesana e coordenadores locais
  7. Comunicar a todos
  8. Implementar, monitorizar e orientar o processo de consulta sinodal
  9. Reunião Diocesana Pré-Sinodal
  10. Preparação e apresentação da síntese diocesana

 

 

 

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Agência ECCLESIA

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