Setúbal: Santuário de Cristo-Rei acolheu festa dos jovens, «um dia que ficará marcado na história da diocese» (c/fotos)

Mais de 900 participantes marcaram presença na celebração diocesana da Jornada Mundial da Juventude, apontando ao encontro de Lisboa

Foto Ricardo Perna

Almada, 21 nov 2022 (Ecclesia) – Mais de 900 jovens de Setúbal participaram este domingo na celebração diocesana da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Santuário de Cristo-Rei e pelas ruas da cidade de Almada.

“É um dia que ficará marcado na história da Diocese de Setúbal neste caminho de preparação para a JMJ Lisboa 2023”, disse à Agência ECCLESIA Pedro Correia, do Departamento da Juventude da Diocese de Setúbal, em declarações

A XXXVII Jornada Mundial da Juventude assinala-se em duas etapas: a primeira aconteceu na solenidade litúrgica de Cristo-Rei, este domingo, a nível das dioceses católicas; já a nível internacional, vai decorrer em Lisboa de 1 a 6 de agosto de 2023.

‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’, uma passagem do Evangelho segundo São Lucas (Lc 1,39), é o tema deste encontro, adiado, por um ano, devido à pandemia de Covid-19.

A celebração em Setúbal teve inscrições de 916 jovens de paróquias, Corpo Nacional de Escutas e diversos movimentos, os quais tinham à sua espera um programa que começou no Santuário de Cristo-Rei, seguindo-se um jogo de cidade por Almada, organizado pelos escuteiros.

Após o almoço, os participantes saíram do Seminário Maior de São Paulo, em procissão, com os dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude – a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani – regressando ao santuário.

“Em grande alegria. Vivemos este grande dia com grande entusiasmo, é muita alegria de preparação destes jovens desta diocese”, acrescentou Pedro Correia.

Já a coordenadora do Departamento da Juventude da Diocese de Setúbal realçou que “foi um dia cheio de graças”, que começou antes deste domingo, com “todo o caminho de preparação” que mobilizou diferentes movimentos presentes na diocese, diferentes grupos de jovens, que “também prepararam este dia em sentido de comunhão, e num sentido também missionário de ir ao encontro do outro”.

“Foi possível através dos jogos de manhã, pela cidade de Almada, e depois também esta expressão da nossa fé que pôde chegar e ser também sinal de anúncio junto daqueles que passavam”, acrescentou Ana Lúcia Agostinho.

Desde 31 de outubro, a Diocese de Setúbal está a acolher a 13ª etapa da peregrinação nacional dos símbolos da JMJ, que termina a 1 de dezembro, e segundo esta responsável, está a ser “um tempo de grande graça para toda a diocese”.

“Não me canso de repetir esta importância da comunhão. Os símbolos têm permitido também encontrar formas e meios de caminhar em conjunto, e creio que tem sido um verdadeiro sinal de esperança. Isto tem sido muito visível por onde os símbolos vão passando, da forma como chegam às pessoas, como tocam as pessoas, independentemente dos seus credos, das suas vivências”, desenvolveu.

Segundo Ana Lúcia Agostinho, nesta Igreja local, que é diocese de acolhimento da JMJ Lisboa 2023, com as Dioceses de Lisboa e Santarém, “sente-se a pressa cada vez a crescer”, à medida que vão caminhando.

“Creio que neste último mês se foi sentindo muito isso, esse entusiasmo dos jovens, essa vontade não só de ser agente recetivo, mas sobretudo ser agente ativo e de ser Igreja, de ser esta Igreja viva”, acrescentou a coordenadora do Departamento da Juventude de Setúbal.

A Eucaristia de encerramento foi presidida por D. Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 que, na homilia, incentivou os jovens a ter “a coragem de sonhar”, e a “força para lutar” por esse sonho, depois de saberem “qual é o sonho que Deus tem para cada um”.

Em declarações à Agência ECCLESA e à Canção Nova, nesta primeira etapa da XXXVII JMJ, o responsável católico aproveitou “para pedir, para provocar, para fazer eco no coração dos jovens”, a inscrever-se na Jornada de Lisboa e como voluntários.

Às famílias das três dioceses de acolhimento da JMJ 2023 – Lisboa, Santarém e Setúbal –, D. Américo Aguiar pediu que “tenham a coragem de abrir os braços, como o Cristo Rei”, para receberem nas suas casas os jovens do mundo inteiro.

O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 salientou ainda que os Santuários de Fátima e de Cristo Rei “serão dois pulmões, duas marcas, referências muito importantes para os jovens”, e estão a trabalhar com as reitorias, as dioceses e os poderes autárquicos na “logística de acolhimento, porque todos ao monte e fé em Deus não correrá da melhor maneira”.

CB/OC

Foto: Ricardo Perna

Pela segunda vez, esta Jornada da Juventude, vivida nas dioceses católicas, foi celebrada no último domingo do ano litúrgico na Igreja Católica, e, segundo D. Américo Aguiar, esta mudança “é muito feliz”, porque “coloca no coração de Cristo-Rei o protagonismo dos jovens”.

“Foi muito importante o Santo Padre ter acolhido no seu coração, aliás como faz sempre, o apelo que os jovens do mundo inteiro foram fazendo em relação à mudança desta data do Domingo de Ramos: Há algum tempo havia esse desejo, essa vontade, a que o Papa [Francisco] correspondeu exatamente no dia em que recebemos os símbolos em Roma, em novembro de 2020”, desenvolveu.

O presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 destacou, aos jornalistas, deste dia que, para além da Missa no Santuário de Cristo Rei, também assistiu à celebração do Papa Francisco em Asti, no norte da Itália, que “foi particularmente emotiva”.

“Neste momento em que o Papa nos coloca a cada um de nós, e nós colocamos aqui hoje os jovens a dizer ‘Jesus lembra-te de mim’, e aquilo que significa este ‘mim’ naqueles que são os desafios que eu tenho, que nós temos, que cada pessoa tem, e que às vezes para mim é um problema muito grave ter partido uma unha, comparado com desgraças e com sofrimentos tão diferenciados que homens de mulheres no mundo inteiro têm”, acrescentou D. Américo Aguiar.

 

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Agência ECCLESIA

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