Crianças: Coleção de livros «Cuida Bem de Mim» mostra direito de «ser bem cuidado, amado, protegido e respeitado» – Rosário Farmhouse

Iniciativa foi apresentada perante uma assembleia participativa de crianças

Foto: Agência ECCLESIA/SN

Lisboa, 21 nov 2022 (Ecclesia) – A Comissão Nacional da Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens lançou hoje a coleção de livros ‘Cuida Bem de Mim’, para “falar do direito fundamental de ser bem cuidado, ser amado, protegido e respeitado”.

“Neste dia do 33.º aniversário da Convenção dos Direitos da Criança celebramos com o lançamento destes quatro livros da coleção “Cuida bem de Mim” que tentam, para diferentes faixas etárias, falar deste direito fundamental de ser bem cuidado, ser amado, protegido e respeitado”, disse à Agência ECCLESIA Rosário Farmhouse, presidente da Comissão Nacional da Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens.

A responsável destaca ainda que a celebrar este documento, que continua “absolutamente atual e inspirador” numa realidade onde se “continua a falar de situações que se vão replicando”.

“Como a guerra, como abandono, o não ter acesso à liberdade, à escola, o que nos parecia estar garantido para a maior parte das crianças do mundo, acontece que ainda não e que, bem perto de nós, não têm os direitos garantidos, assim escolhemos este mote “Cuida bem de mim”, que começa em cada um de nós, família, vizinhos e amigos”, refere.

A apresentação da coleção dos livros infantis aconteceu na Biblioteca Nacional, em Lisboa, com a presença dos autores, num encontro tertúlia com crianças do 1.º Ciclo da Escola Básica de Coruchéus, que se mostraram interessadas no tema e “muito participativas”.

“Um dos pilares fundamentais da Convenção é o direito à participação, artigo 12º, e aqui souberam transmitir de forma maravilhosa o que é para elas o Amor, que o amor não dói, que é respeito, que é indescritível, mas também partilharam o que as preocupa e o que gostariam de ver melhor, a falta de paciência da família, o pouco tempo dos pais, são exemplos de de preocupação das crianças”, conta.

Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, também marcou presença na sessão de apresentação dos livros para “ouvir as crianças”.

“Este dia importante em que celebramos uma convenção ratificada por quase todos os países do mundo, mostra bem a importância do tema das crianças e que cada vez mais é fundamental encontrar forma do real exercício dos direitos que as crianças têm”, afirma, em declarações à Agência ECCLESIA. 

A responsável indicou os esforços feitos pelo Governo, como as “150 mil crianças que já estão a receber a garantia para a infância, como combate à pobreza” mas defende que só a ajuda financeira não resolve.

“Estamos a criar um modelo de intervenção personalizada para que cada uma destas crianças tenham o acompanhamento individual para garantir que têm direito aos serviços básicos e essenciais de cada criança e, outra medida, é a gratuidade das creches”, assinala. 

Foto: Agência ECCLESIA/SN

Perante uma assembleia de crianças, a ministra partilhou ainda ser “um momento de inspiração” onde ouviu “testemunhos extraordinários”, de quem tem uma “clarividência do que é preciso fazer”.

“Desde o apoio à pobreza, apoios à alimentação, à habitação seja também do combate ao bullying que houve referências e destaco ainda a capacidade que as crianças têm de ser porta vozes do que temos de fazer, na resposta às crianças em risco, aqui foi receber a inspiração das crianças que são o maior investimento que podemos fazer em Portugal”, defende. 

Ana Mendes Godinho assume fazer da sua vida política “uma vida de inspiração no terreno” e aponta algumas “medidas governamentais práticas como a conciliação da vida pessoal, social e familiar, o direito à desconexão e o projeto piloto da semana de quatro dias”.

“Estamos a trabalhar na qualificação do acolhimento nas suas várias dimensões, com várias instituições em conjunto, com três prioridades: intervir no meio familiar, promover dinamização do acolhimento familiar e qualificação do sistema de acolhimento residencial”, indica. 

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social adianta que o processo para adoção de crianças  “está a ser repensado”, com a sua “total disponibilidade” para que, juntamente com a Justiça, se possa simplificar o processo tendo sempre como prioridade o “superior interesse da criança”.

A coleção “Cuida Bem de Mim”, integra os livros “Cuida Bem de Mim”, de Maria Inês Almeida, “Estou aqui, contigo”, de Margarida Fonseca Santos, “Isso resolve-se”, de David Machado e “Por cada pássaro que anoitece”, de João Pedro Mésseder.

SN

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