Setúbal: Diocese atualiza indicações para enfrentar Covid-19, propondo cultura de prevenção

Bispo comunica que se encontra em «isolamento precaucional» até 18 de março

Setúbal, 14 mar 2020 (Ecclesia) – A Diocese de Setúbal emitiu uma nova série de indicações, para enfrentar a pandemia do Covid-19, tendo como prioridade uma cultura de prevenção na comunidade.

“O objetivo destas orientações é tornar presente a solidariedade e a esperança que estão no centro da vida cristã e, ao mesmo tempo, evitar colocar em perigo a saúde e a vida, tanto das pessoas de quem se pretende cuidar, como a integridade dos cuidadores, tendo em conta que, se estes últimos forem contagiados, poderão tornar-se agentes de contágio”, escreve D. José Ornelas.

Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, o bispo sadino informa que se encontra em “isolamento precaucional, em casa”, até ao dia 18 de março, devido a ter participado num encontro com uma pessoa que contactou com alguém entretanto diagnosticado como portador do novo coronavírus.

“A pessoa com quem contactei não tem nenhum sintoma do vírus e o período de possível perigo termina no dia 18 de março. Eu também me encontro em plena saúde, graças a Deus. Tenho-vos a todos na minha oração, cuidado e amizade no Senhor”, refere o responsável católico.

Após a suspensão das celebrações comunitárias das Missas, decidida esta sexta-feira pela Conferência Episcopal Portuguesa, e das novas medidas tomadas pelo Governo para travar a difusão da doença, a Diocese de Setúbal indica que os sacerdotes continuarão a celebrar diariamente a Eucaristia, “rezando pelo Povo de Deus, mas sem a presença de fiéis leigos, ou com um reduzido número de acompanhantes, devidamente instruídos nos cuidados de prevenção do vírus”.

“Serão suspensas, também, todas as orações comunitárias e manifestações públicas de piedade popular (procissões, vias sacras e outras)”, acrescenta a nota.

O bispo sadino determina que as Igrejas Paroquiais poderão ficar abertas, “em períodos convenientes”, para a oração pessoal ou em família, bem como para encontros pessoais com o pároco, evitando “aglomerado de pessoas”; as capelas e demais locais de culto devem estar encerrados.

O documento pede “especial atenção à saúde física e espiritual” dos doentes, para que ninguém fique só, e determina que a celebração dos sacramentos do Batismo e do Matrimónio deve ser “breve e simples, apenas com a presença dos próprios e da família mais próxima”.

A celebração das Exéquias seja igualmente digna e breve. Nas capelas mortuárias, recomenda-se que se restrinja a presença aos familiares mais chegados, evitando aglomeração de pessoas e gestos de condolências e conforto que proporcionem ocasião de contágio”.

D. José Ornelas indica que este tempo de pandemia “não é tempo sem Deus”.

“Pelo contrário, a comunhão com Ele é fundamental para que todos os outros esforços atinjam o seu fim de libertar as pessoas de tudo o que as impede de terem uma vida íntegra, no corpo e no Espírito”, acrescenta.

A Diocese de Setúbal publicou ainda medidas de contenção para as instituições ligadas à Igreja Católica.

OC

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