Setúbal: Pandemia veio atrasar abertura das portas de Padaria Social

A produzir diariamente 300 pães, o projeto do Centro Paroquial e de Bem Estar da Arrentela quer alargar o público alvo

Setúbal, 29 abr 2022 (Ecclesia) – Amália Pratas, diretora de serviços do Centro Paroquial e de Bem Estar da Arrentela, na diocese de Setúbal, contou à Agência ECCLESIA as dificuldades da padaria social em tempo de pandemia e o maior desejo é “abrir portas”.

“Quando queríamos dar o salto e fazer a abertura, começando pelas famílias das nossas crianças que poderiam começar a adquirir o pão na nossa padaria, dá-se a pandemia e consequentes confinamentos, por isso ainda não foi possível porque não conseguimos ter maior produção de pão neste momento”, explica a responsável Amália Pratas.

A funcionar desde 2018, depois do financiamento prestado pela Missão Continente, a Padaria Social passou por vários processos, “desde mudar de instalações, perder funcionário ou ter de suspender atividade”.

“Este projeto social surge da necessidade que foi encontrada, trabalhamos em parceria com a associação “dá-me a tua mão”, mas a certa altura as doações de pão diminuíram e deixou de haver pão para distribuir aos sem-abrigo, na volta que a associação faz diariamente no concelho, e surgiu a ideia da candidatura conjunta”, recorda.

O objetivo deste projeto social é “colmatar esta necessidade”, haver uma padaria que “fornecesse pão à instituição e com a vertente social para criação de postos de trabalho”.

“Desde setembro de 2019 que está a funcionar na sede da instituição, onde temos o jardim de infância e creche, transformámos uma sala em padaria e, quando estava pronta para começar, alocámos uma das nossas colaboradoras que tinha formação e gosto na área da padaria”, conta.

Amália Pratas explica ainda que todo o processo é artesanal, “a massa é feita na padaria”, sendo produzidos 300 pães diariamente, “para consumo da instituição e para entrega aos sem-abrigo”.

A diretora de serviço destaca ainda que a “padaria é usada para os ateliers das crianças”, sendo momentos de muita alegria e partilha de emoções.

“Por exemplo na Páscoa temos a tradição do folar, que é feito na instituição e as crianças levam para casa, este ano foi feito na nossa padaria; também no Natal fizemos bolo reis mas agora precisamos de por isto para fora, abrir portas”, conclui.

“Vinde comer” é o mote do programa de rádio ECCLESIA deste sábado, dia 30 de abril, onde se integra esta entrevista, passa na Antena 1 da rádio pública, pelas 06h00, ficando depois disponível online.

SN

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