Semana Santa: Papa visitou prisão romana e lavou os pés a 12 reclusos (c/ vídeo e fotos)

«Deus perdoa tudo e Deus perdoa sempre», disse Francisco

Roma, 14 abr 2022 (Ecclesia) – O Papa presidiu hoje à Missa da Ceia do Senhor, na prisão de Civitavecchia, arredores de Roma, numa visita privada à cadeia, com o rito de lava-pés a 12 reclusos, entre homens e mulheres, informou o Vaticano.

Este é um gesto que acontece pela sexta vez numa cadeia, desde o início do seu pontificado, em 2013.

“O Papa Francisco repetiu o gesto de Jesus durante a Última Ceia, quando o Senhor lavou os pés aos seus discípulos em sinal de amor, gasto até ao serviço e a humilhação, em relação aos 12 detidos, homens e mulheres, entre eles pessoas de várias idades e nacionalidades”, refere a nota de imprensa, enviada à Agência ECCLESIA.

Na sua homilia, improvisada, Francisco falou do sinal do lava-pés, uma “coisa estranha” para este mundo: “Jesus lava os pés do traidor, daquele que o vende”.

“Um serve o outro, sem interesse: como seria bom se fosse possível fazer isso todos os dias e para todos pessoas”, acrescentou.

O Papa sublinhou que Jesus chama “amigo” a quem o trai e espera por ele até ao fim.

“Deus perdoa tudo e Deus perdoa sempre! Somos nós que cansamos de pedir perdão”, declarou.

Francisco convidou os participantes a pedir perdão a Jesus, que “julga e perdoa”.

“Prossigamos esta cerimónia com o desejo de servir e de nos perdoarmos”, disse.

 

A celebração decorreu na capela do estabelecimento prisional e contou com a presença de reclusos, agentes policiais, profissionais da instituição e autoridades, entre elas o ministro da Justiça italiano.

Após a Missa, a diretora da prisão agradeceu ao Papa e ofereceu-lhe alguns presentes, em nome dos reclusos; Francisco cumprimentou, depois, um grupo de 50 pessoas.

Antes da pandemia, o Papa celebrou sempre o início do Tríduo Pascal fora do Vaticano: cinco vezes em prisões – 2019, 2018, 2017, 2015 e 2013, tendo lavado os pés a pessoas de várias nacionalidades e confissões religiosas; num centro de acolhimento de refugiados, em 2016; e num centro para reabilitação de pessoas com deficiência e idosos, em 2014.

OC

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