D. Manuel Quintas evocou populações da Ucrânia e da Terra Santa
Faro, 24 mar 2024 (Ecclesia) – O bispo do Algarve disse hoje que o mundo continua, “infelizmente, a ser marcado por atos inexplicáveis” de violência, evocando as populações da Ucrânia e da Terra Santa.
“A paixão de Jesus continua hoje de diferentes formas e diversas situações, seja na Ucrânia, seja na faixa de Gaza, seja no coração da Rússia, em Moscovo, como vimos nestes dias. Continua presente na morte de tantos inocentes, deixando-nos humanamente prostrados sem resposta diante destas atrocidades”, referiu D. Manuel Quintas na Sé de Faro, onde presidiu à Missa de Ramos, após a bênção e procissão desde a igreja da Misericórdia.
O bispo diocesano considerou que “celebrar a Páscoa constitui essencialmente acolher e multiplicar o dom da paz, assumir o compromisso de promover e defender a vida e a dignidade humanas em todas as situações”, bem como “empenhar-se na construção do reino que Jesus veio anunciar”.
“Que as celebrações desta Semana Santa possam constituir para todos nós um meio privilegiado para renovarmos e reassumirmos este nosso propósito”, desejou, numa intervenção divulgada pelo jornal diocesano ‘Folha do Domingo’,
D. Manuel Quintas pediu ainda aos católicos algarvios que agradeçam a Deus porque, em Jesus, “ofereceu, pela Eucaristia, a paz e a ressurreição que abraça todo o mundo”.
“Rezemos-lhe para que nos tornemos também nós com ele e a partir dele, mensageiros da sua paz, a fim de que, em nós e à nossa volta, o seu reino se difunda sem cessar”, prosseguiu.
Junto à igreja da Misericórdia, o bispo do Algarve lembrou ter sido “para realizar o mistério da sua morte e ressurreição que Jesus Cristo entrou na sua cidade de Jerusalém”.
“Por isso, recordamos com fé e devoção esta entrada triunfal na cidade santa. Acompanharemos o Senhor, de modo que participando agora na sua cruz, mereçamos um dia tomar parte na sua ressurreição”, afirmou, pedindo aos católicos algarvios que assumam uma “fé feita de convicção”.
O bispo do Algarve exortou ainda os algarvios a que nesta semana maior para os cristãos não se detenham na Sexta-feira Santa.
“O Tríduo Pascal termina com a ressurreição e é para aí que deve apontar a nossa fé. É a ressurreição que inspira, fortalece, fecunda e dá sentido à nossa própria fé”, realçou, constatando que Jesus entra e Jerusalém “com atitude de simplicidade e humildade”.
A Igreja Católica inicia, com o Domingo de Ramos, a Semana Santa, momento central do ano litúrgico, que recorda os dias da prisão, julgamento e execução de Jesus, culminando com a Páscoa, celebração da ressurreição de Cristo.
OC