Semana Santa: Diocese do Porto quer estar perto de todos os que sofrem

D. António Francisco dos Santos disse na homilia do Domingo de Ramos que nunca foram os violentos a marcar o ritmo dos acontecimentos dos povos

Porto, 10 abr 2017 (Ecclesia) – O bispo do Porto afirmou na primeira homilia da Semana Santa que a diocese é chamada a “viver perto de todos e atenta a todos” os que sofrem, uma “pedagogia do serviço” que se aprende na “escola do Mestre”.

“Somos chamados a assumir o sofrimento humano, a encontrar palavras de alento e a oferecer gestos de ternura, de presença e de compaixão, dados em abraços de silêncio, de oração e de respeito aos que sofrem”, disse D. António Francisco dos Santos na homilia da Missa de Domingo de Ramos.

O bispo diocesano recordou que tem “o dever” de dizer aos que sofrem que a Igreja do Porto “quer viver perto de todos e atenta a todos”.

Na catedral do Porto, D. António Francisco dos Santos observou que os protagonistas da história, “aqueles que marcam o rumo da vida das pessoas e o ritmo dos acontecimentos dos povos”, nunca foram os violentos, os insensíveis ou os indiferentes mas “aqueles que pressentiram” as suas aspirações, que acolheram os seus sonhos e se compadeceram diante “dos seus clamores, das suas dores e dos seus lutos”.

A resposta, acrescenta, encontra-se “no coração da Igreja e no viver dos cristãos” que estão no mundo para libertar, para redimir e para curar, uma “pedagogia do serviço” aos que sofrem e aos que choram que se aprende “na escola do Mestre, com Jesus”.

“Neste Domingo de Ramos na Paixão do Senhor o olhar do nosso coração e da nossa fé volta-se, por entre lágrimas, para Deus para que nos faça cireneus a aliviar o peso da cruz de tanta gente”, pediu D, António Francisco dos Santos que recordou as vítimas “da tragédia” de uma explosão numa fábrica de pirotecnia em Lamego, o sofrimento do “povo mártir” da Síria, e os atentados em Londres e em Estocolmo.

Neste contexto, recordou também o “drama de tantos inocentes” no mundo onde a fome, a violência e a guerra “ultrajam a dignidade das pessoas e o seu inalienável direito à vida”.

Na homilia da Eucaristia que deu início às celebrações da Semana Santa, com a cerimónia do Domingo de Ramos, o bispo do Porto contextualizou que a Igreja Universal dedicava “o seu olhar de forma mais atenta para os jovens” e celebrava a Jornada Mundial da Juventude, este ano a nível diocesano.

D. António Francisco dos Santos recordou que no dia anterior, sábado 8 de abril, os jovens da diocese peregrinaram ao Santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Santo Tirso e referiu que eles são “um belo sinal de esperança” cristã e de futuro, no meio da sociedade.

Aos presentes na celebração de Ramos, com que iniciaram a Semana Santa, pediu que deixem que “o coração e os olhos se encantem” com o reconhecimento da ação de Deus nos jovens de hoje.

“Eles estão imersos na vida das nossas famílias, das nossas escolas, das nossas comunidades com as suas alegrias, os seus sonhos e o testemunho feliz da sua fé”; desenvolveu, pedindo que sejam “exemplo, testemunho, gratidão e oração” para os jovens, na homilia também publicada no sítio online da Diocese do Porto.

CB/PR

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