Semana Santa: Arcebispo de Braga quer Igreja de «toalha à cintura», pronta para servir

«Estamos unidos à volta da mesma mesa, sem distinção nem privilégios», disse D. Jorge Ortiga, no início do Tríduo Pascal

Foto: Arquidiocese de Braga

Braga, 09 abr 2020 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga pediu hoje uma Igreja de “toalha à cintura”, pronta para servir e, como Jesus, lavar os pés ao próximo, expressando “comunhão e solidariedade”.

“Estamos unidos à volta da mesma mesa, sem distinção nem privilégios”, assinalou D. Jorge Ortiga, na homilia da Missa Vespertina da Ceia do Senhor, o transmitida em direto desde o Paço Arquiepiscopal.

No arranque do ciclo celebrativo do Tríduo Pascal, D. Jorge Ortiga sugeriu que famílias e comunidades pensem hoje num “gesto” de serviço que possam realizar.

A instituição da Eucaristia, do sacerdócio e do “mandamento novo”, do amor, são o que “distingue” os católicos de todos os outros, assinalou.

A situação de quarentena em que nos encontramos é um momento privilegiado para nos convencermos de que a Igreja de hoje e do futuro terá de ser uma Igreja eucarística”.

A intervenção refletiu sobre o “gesto surpreendente” de Jesus, que lava os pés aos seus discípulos, desafiando os católicos a “eucaristizar a vida”, para “viver a partir de Cristo, com Cristo e em Cristo”.

D. Jorge Ortiga propôs uma Páscoa celebrada e vivida com “gestos concretos”, num tempo excecional, sem gestos exteriores como procissões da Semana Santa ou o Compasso Pascal.

O arcebispo primaz destacou que, neste momento, todos sentem “quanto é valiosa e imprescindível a Eucaristia”.

“Nenhuma transmissão em direto substitui a presença física e o calor humano da comunidade”, assinalou.

Por motivos de saúde pública, a Santa Sé determinou que a Missa da Ceia do Senhor não tem, este ano, o gesto do lava-pés nos países em que forma suspensas as celebrações comunitárias.

“Há Páscoa e essa nunca podemos deixar de a celebrar”, disse D. Jorge Ortiga.

No final da Missa, o arcebispo de Braga evocou o “momento difícil” vivido pela sociedade, rezando pelos doentes, os responsáveis políticos e os “heróis” que estão na linha da frente do combate à pandemia.

OC

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