Saúde: Misericórdias em risco de fechar e devolver doentes aos hospitais

Lisboa, 13 out 2011 (Ecclesia) – O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos, disse hoje que algumas dessas instituições correm o risco de fechar, se o Governo não conseguir pagar o que deve.

Em entrevista à Lusa, o responsável disse ainda que os doentes assistidos nessas Misericórdias podem ter de ser entregues aos hospitais públicos.

“Não vou deixar as pessoas morrer à fome nas minhas unidades. Assim, teremos de transferir doentes para os hospitais públicos”, alerta.

Na quarta-feira, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, admitiu que falta dinheiro para pagar às Misericórdias no âmbito da prestação de serviços nos cuidados continuados e reconheceu não ter um plano de pagamentos.

A UMP coordena cerca de 400 Santas Casas de Misericórdia em Portugal e apoia a fundação e recuperação de organismos similares em Angola, Moçambique, Timor e São Tomé e Príncipe, bem como nas comunidades de emigrantes.

A criação da primeira Misericórdia portuguesa ocorreu em Lisboa no ano de 1498, pela rainha D. Leonor, inspirada no exemplo de instituição semelhante fundada em 1244 na cidade italiana de Florença.

O nome destes organismos deriva das 14 obras de misericórdia, corporais e espirituais, que a tradição cristã chama às práticas de caridade que concretizam o amor ao próximo.

OC

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