Sardoal: Exposição «Rostos de Misericórdia é uma autêntica catequese»

Sardoal, Santarém, 16 mar 2016 (Ecclesia) –  A exposição de arte sacra “Rostos de Misericórdia”, patente no Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal, é uma “catequese para os dias de hoje”, disse o pároco Carlos Almeida.

Em declarações à Agência ECCLESIA o sacerdote explica que a exposição é uma “autêntica catequese, onde se vê um Deus que sofre connosco e vive os nossos espinhos”.

“Vemos um Cristo crucificado, vemos uma Pietá, como tantas mães no mundo de hoje que sofrem pelos filhos, pela insegurança das suas vidas, pela falta de trabalho, ou mesmo sofrem por ver os filhos com vidas contrárias à educação dada”.

A exposição é composta por oito peças de escultura, uma peça de ourivesaria e quatro pinturas a óleo, oriundas de várias paróquias do município. Uma Custódia em prata dourada, um Calvário, com a imagem de Cristo Crucificado, de São João Evangelista e da Senhora das Dores, e as esculturas do Senhor da Paciência e do Senhor Morto são algumas das peças.

Para o padre Carlos Almeida as “imagens da exposição transmitem um Deus que se revelou em Jesus como Misericórdia, como um Deus que se identifica com os grandes passos da vida humana mas, também, que marca profundamente o sofrimento, e a proximidade da morte.

Ainda nos nossos dias a morte surge como tabu, pela dificuldade de aceitar e de viver porque é mistério.”

A Semana Santa é “muito mais do que as celebrações da Igreja Matriz” e o convite a visitar esta exposição é deixado pelo pároco, para uma “experiência diferente”.

As peças de arte sacra dão também uma aproximação do ser humano a Deus, que “não é um Deus que quer o sofrimento, mas a partir da experiência da dor e da eminência da morte, convida, para já, a viver de uma forma equilibrada e séria, por outro lado surge o convite à experiência de ressurreição”.

Neste ano da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco a exposição “rostos de Misericórdia” é uma proposta para ver que “só pela Misericórdia de Deus o sofrimento pode ter sentido e um significado de redenção”, concluiu o padre Carlos Almeida.

A exposição é organizada pelo Município de Sardoal, com a colaboração da Paróquia de Sardoal, Paróquia do Rossio ao Sul do Tejo, Paróquia de S. João Batista, de Abrantes, e Santa Casa da Misericórdia de Sardoal e pode ser visitada até dia 15 de maio, no Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal.

HM/SN

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