Semana Bíblica Nacional começou este Domingo, em Fátima, reunindo centenas de participantes de todo o país Em ano de inauguração da igreja da Santíssima Trindade no Santuário de Fátima, o Secretariado Bíblico Nacional dedica a Semana Bíblica Nacional à reflexão do “Santuário, Espaço de Evangelização”. A ter lugar entre os dias 26 e 31 de Agosto, a iniciativa integra-se na comemoração dos 90 anos das Aparições em Fátima e quer associar-se ao espírito de celebração. “Optámos por este tema abrindo a possibilidade de reflectir sobre a evangelização”, aponta à Agência ECCLESIA Frei Manuel Arantes, secretario geral da Semana Bíblica e religioso Capuchinho. Os cerca de 300 participantes esperados nesta semana são já pessoas inseridas nas temáticas actuais da Igreja e “preocupadas com respostas da Igreja para os novos tempos”. Estão por isso interessadas em “reflectir e actualizar-se”. Nesse sentido, é normal as participações repetirem-se ao longo dos anos juntando muitos leigos, mas também religiosos, sacerdotes, “gente interessada em perceber o que está por detrás dos temas propostos”. Este ano entre os conferencistas encontram-se o Provincial dos Franciscanos Capuchinhos, Frei Acílio Mendes que abre a semana com uma reflexão sobre o tema geral. Frei Lopes Morgado vai abordar o santuário numa perspectiva bíblica, para além do contributo de dois bispos – D. Gilberto Reis que encerra a semana e D. Antonino Dias que vai reflectir nos lugares de evangelização – e ainda a presença de D. António Couto, até agora Superior Geral da Sociedade Missionária da Boa Nova e bispo auxiliar nomeado de Braga. O santuário será reflectido na sua origem bíblica, na realidade eclesial, mas também na na importância que adquire nos dias de hoje. Para isso, o dia 28 vai reunir os Reitores dos Santuários de São Bento, Sameiro, Fátima e Vila Viçosa. “Até que ponto estes locais dão respostas às pessoas que os frequentam, acolhendo, mas ajudando ao crescimento e actualização na fé”, são questões a aferir junto dos “maiores catequistas dos santuários”, adianta Frei Manuel Arantes. A dinâmica dos santuários em si é a mesma “por causa do sentido religioso das pessoas, principalmente as que procuram algo mais do que a vivência nas paróquias, e buscam um sentir mais universal nos santuários”. Toda a Igreja está interessada em que estes lugares “onde se encontram muitos fiéis, gente que talvez não vá às suas paróquias e que não frequenta as suas comunidades cristãs, mas que frequenta os santuários, e assim se se possa dar algum ensinamento”, adverte o religioso Capuchinho. Esta é uma preocupação, pois um Santuário “é um centro de vivência cristã, local onde as pessoas ocorrem com outro sentido, mas onde se pode aproveitar para catequizar as pessoas”. Todos os anos o Secretariado Bíblico Nacional, depois da Semana Nacional, desloca-se a vários pontos do país para levar junto das pessoas que, até por razões económicas, não se podem deslocar a Fátima. “A profundidade da reflexão acaba por não ser tão rica, mas é muito importante para as pessoas sentirem esta proximidade”. A dinâmica da reflexão é limitada “à noite, com menos pessoas”, aponta Fr. Manuel Arantes, apesar de lamentar ainda não terem chegado ao Sul.