Congregação para o Clero destaca missão dos diáconos permanentes

O prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Cláudio Hummes, enviou uma mensagem aos diáconos permanentes de todo o mundo, na qual manifesta a sua admiração por eles e afirma que “a restauração do diaconado permanente, decidida pelo Concílio Vaticano II, é uma preciosa graça do Senhor ao Seu povo”. Este ministério ordenado é considerado pelo Cardeal Hummes como “de grande potencialidade e actualidade na missão da Igreja”. A mensagem lembra que a maioria destes diáconos são casados e só desempenham a sua missão “pelo amor, pelo apoio e pela colaboração das vossas esposas e dos vossos filhos”. “Hoje, a Igreja chama todos os seus membros, principalmente os ministros ordenados, a serem missionários, ou seja a levantarem-se e irem de maneira organizada ao encontro, antes de mais nada, dos nossos baptizados que se afastaram da prática da própria fé católica, mas também de todos aqueles que pouco ou nada sabem de Jesus Cristo e da sua mensagem”, escreve o Cardeal brasileiro. “Não podemos mais fechar-nos e aguardar os baptizados nas nossas Igrejas. Temos de ir buscá-los onde vivem e trabalham, com uma acção missionária permanente, com especial atenção aos pobres das periferias urbanas”, aponta o prefeito da Congregação para o Clero. Destacando o “ministério da Palavra” confiado aos diáconos permanentes, o Cardeal pede “uma familiaridade constante com a Sagrada Escritura, principalmente com os Evangelhos”. “Ouvir, meditar, estudar e praticar a Palavra de Deus deve ser um esforço permanente”, aponta a mensagem, enviada na festa litúrgica de São Lourenço, diácono e mártir. O Cardeal Hummes fala das responsabilidades que podem ser confiadas aos diáconos na pastoral baptismal e na pastoral matrimonial-familiar, para além de toda a acção da caridade, a solidariedade para com os pobres, a justiça social”. Os diáconos, grau inferior do sacramento da Ordem, são ordenados para o serviço e não para o sacerdócio. Com a clericalização da Igreja em séculos passados, o diaconado passou a ser, desde o séc. V, mera passagem para o presbiterado. A redescoberta da sua especificidade e importância nas actuais circunstâncias da Igreja e da sociedade levou o Concílio a restabelecer o diaconado como “grau próprio e permanente da hierarquia”, o que foi concretizado por Paulo VI com a Carta Apostólica “Sacrum diaconatus ordinem” (18.06.1971). Redacção/Zenit

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