Santa Sé satisfeita com a posição da ONU sobre a clonagem humana

A Declaração Universal Sobre a Clonagem Humana foi aprovada sexta-feira, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, após quatro anos de debate. Esta é a primeira vez que a ONU se pronuncia de forma precisa sobre o tema, mas o documento não tem carácter vinculativo e vários países já anunciaram que vão ignorar algumas das suas recomendações. A declaração, aprovada com 71 votos a favor, 35 contra e 43 abstenções, proíbe “todas as formas de clonagem de seres humanos que sejam incompatíveis com a dignidade humana e a protecção da vida humana”. A Santa Sé manifestou a sua satisfação perante a aprovação do documento, que passará agora à Assembleia Geral da ONU para que também se pronuncie sobre ele. O arcebispo Celestino Migliore, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, informou que a Igreja se declarou a favor da “proibição total” de qualquer forma de clonagem. “A Igreja, alentada pelas promessas da medicina – que já prevê a possibilidade de utilizar com êxito células estaminais adultas -, não pode tolerar o uso e a destruição de embriões humanos”, explicou em declarações à Rádio Vaticano. “A Santa Sé ficará feliz por ver uma adopção consensual e geral do texto que contém referências à protecção e à dignidade da vida humana”, confessa.

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