Santa Sé pede respeito pela cultura dos ciganos

Sem respeitar a cultura das populações nómadas será mais difícil alcançar uma real integração e, portanto, também um grau aceitável de segurança. Foi o que disse o secretário do Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, D.Agostino Marchetto, convidando todos os países a seguirem na direcção do respeito pelos direitos fundamentais da pessoa. Este responsável ressalta a experiência amadurecida pela Igreja no contacto com os ciganos, inspirada pelos valores do Evangelho. Entrevistado pela Rádio Vaticano, o Arcebispo Marchetto fala do acolhimento”que se traduz nas visitas” e frisa que “há inclusive quem viva segundo a maneira de viver dos ciganos”. “Existem sacerdotes que vivem nos acampamentos ciganos. Temos também a evangelização que está profundamente ligada com a promoção humana”, sublinhou. O Arcebispo italiano admitiu que “nem em todos os países se fez um grande caminho: há países mais avançados, com óptimos resultados, como por exemplo a Espanha que realizou uma grande tarefa de integração no século passado”. “O que é importante é que temos uma perspectiva não somente de um ponto de vista ‘nacional’, mas inserimo-nos nos juízos, nos pensamentos, na acção de um contexto internacional”, precisou. Para este responsável, “a acção fundamental é a questão cultural, porque mesmo se se estabilizaram ou semi-estabilizaram, os nossos irmãos conservam uma cultura do movimento, do ser itinerante””, algo que “incomoda a nossa estabilidade e diria também o ideal de ter tudo seguro, estável”. (Com Rádio Vaticano)

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