O Vaticano quer intensificar a acção pastoral junto dos pescadores, num ano declarado pela Organização Marítima Mundial como o “Ano do Marítimo”.
Numa mensagem do Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, o Vaticano antecipa o “Domingo do Mar”, que se celebra dia 11 de Julho, manifestando o seu desejo de que aquele dia seja uma oportunidade de prestar reconhecimento ao trabalho dos marinheiros, que “com um trabalho duro e inúmeros sacrifícios, contribuem para que a nossa vida seja mais cómoda”.
O Arcebispo António Maria Vegliò, presidente daquele organismo da Santa Sé, fala do papel importante que as comunidades católicas, espalhadas pelo mundo, podem ter, no acompanhamento e na ajuda àqueles que fazem do mar a sua casa.
O Apostolado do Mar, este ano a celebrar 90 anos de existência, será a face mais visível de um trabalho que a Igreja quer ver reforçado. Aquele serviço presta assistência pastoral a marinheiros e pescadores, através de visitas às embarcações.
Fornece ainda abrigo, sempre que necessário, através dos centros de acolhimento “Stella Maris” espalhados um pouco por todo o mundo, num projecto que se apoia sobretudo no trabalho de voluntariado.
A Santa Sé agradece este esforço voluntário, exercido por capelães e leigos de muitos portos, ao mesmo tempo que pede a todos que “continuem a apoiar esta Obra, com a esperança de que as Igrejas locais se envolvam cada vez mais neste ministério pastoral”.
A mensagem recorda que “o progresso tecnológico tem trazido muitas mudanças na indústria marítima, em melhorado a segurança e a confiança das embarcações e reduzido o tempo de descarga e carga nos portos”, no entanto, “pouco tem mudado no que diz respeito às necessidades humanas dos marinheiros e pescadores”.
Para o Vaticano, a celebração anual do Domingo do Mar convida as comunidades cristãs a ver e reconhecer os marinheiros como “pessoas reais” que, “com duro trabalho e numerosos sacrifícios, contribuem para que a nossa vida seja mais cómoda”.
Um dos grandes objectivos do Apostolado do Mar é que todos os países reconheçam e finalmente ratifiquem a Convenção sobre o Trabalho Marítimo de 2006, um instrumento considerado fundamental para melhorar as condições de vida e de trabalho dos marinheiros.