Santa Sé denuncia violação de direitos humanos

D. Silvano M. Tomasi manifestou preocupação com a dificuldade que os refugiados encontram para receber protecção e proceder ao pedido de asilo político segundo os parâmetros internacionais. O observador permanente da Santa Sé na sede da ONU, em Genebra, Suíça, discursou durante o 44º encontro do Comité do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Em sua intervenção, D. Tomasi mencionou a situação na Europa, onde, por exemplo, “cada país adopta uma política migratória diferente, mas nem todos respeitam as normas de protecção para os refugiados internacionais”. Citando alguns dados, D. Tomasi lembrou que apenas em 2008, cerca de mil e 500 pessoas morreram tentando entrar na Europa. “As políticas nacional e internacional precisam de uma sólida base nos Direitos Humanos, porque o direito à vida está em primeiro lugar”. Mas, apontou o Observador da Santa Sé, o continente europeu é apenas um exemplo onde as barreiras físicas, burocráticas, legislativas e políticas se multiplicam para os refugiados. “60 anos depois da adopção da Declaração dos Direitos Humanos e 57 anos depois da Convenção sobre os Refugiados, a comunidade internacional não pode abandonar o seu compromisso de receber e proteger quem corre risco de morte”. Dom Tomasi pediu especial atenção para o número crescente de menores desacompanhados que pedem asilo, “pois demonstram a situação de desespero de suas famílias e porque, muitas vezes, acabam em ambíguos sistemas de detenção”. O Arcebispo recordou ainda a responsabilidade de cada cidadão “em responder de modo generoso e humanitário às causas que obrigam milhares de pessoas a abandonar seus países. Redacção/Rádio Vaticano

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