Santa Sé: Banco do Vaticano fecha contas de 2017 com um lucro de 31,9 milhões de euros

Do relatório do Instituto para as Obras de Religião sobressai  a prioridade dada a «investimentos coerentes com a ética e a responsabilidade social»

ANSA / OSSERVATORE ROMANO

Cidade do Vaticano, 23 mai 2018 (Ecclesia) – O Banco do Vaticano apresentou hoje as contas de 2017, indicando um resultado positivo de 31,9 milhões de euros, menos quatro milhões relativamente ao exercício anterior, e o reforço do apoio a «investimentos coerentes com a ética e a responsabilidade social».

Do balanço do Instituto para as Obras de Religião (IOR), publicado pelo serviço informativo da Santa Sé, sobressai também a aposta feita na “otimização dos custos”, que permitiu fechar as contas com gastos na ordem dos 18,7 milhões de euros, em comparação com os 19,1 milhões em 2016.

O documento, sujeito a auditoria por parte da empresa Deloitte & Touche S.p.A, realça a situação de “elevada solvência e o perfil de baixo risco” do IOR.

O chamado Banco do Vaticano prestou serviços em 2017 a cerca de 15 mil clientes com mais de 5 mil milhões de euros em recursos financeiros, a maior parte “relativos a gestão de fundos em custódia”.

No plano dos objetivos financeiros e qualitativos do IOR, destaque para o empenho em “investimentos coerentes com a Ética Católica”.

Sobre esse aspeto, o balanço refere que os investimentos foram selecionados “também com base na responsabilidade social das empresas e no papel destas para a concretização de um futuro sustentável”.

“Em 2017 o Instituto continuou a excluir investimentos em empresas que violam ou não respeitam plenamente os princípios globalmente reconhecidos em matéria de direitos humanos, respeito pelos trabalhadores, luta à corrupção e luta à criminalidade ambiental, sempre pronto a retirar o investimento caso o respeito por tais princípios não fossem cumpridos”, pode ler-se.

A atenção aos “mais pobres”, nomeadamente com o apoio prestado a projetos de “desenvolvimento dos países” mais carenciados, também foi uma prioridade na atuação do IOR.

JCP

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