Sahel: Cáritas espera ajuda numa das «crises humanas de mais rápido crescimento do mundo»

Lisboa, 05 nov 2020 (Ecclesia) – A Cáritas Internacional pediu ajuda aos governos e líderes locais, para atuar na zona central do Sahel, em África, perante uma das “crises humanas de mais rápido crescimento do mundo”.

Em encontro online, organizado pela Dinamarca, Alemanha, ONU e UE, a organização católica lançou um alerta para a situação nesta região da África que se estende desde o Oceano Atlântico até ao Mar Vermelho, onde “há fatores que minam a coesão social como a desigualdade, a instabilidade dos governos, a venda de armamento, a violência entre as comunidades e os ataques terroristas”.

“Como consequência de tudo, mais de 13 milhões de pessoas necessitam urgentemente de assistência humanitária, no Burquina Faso, Mali e Nigéria”, refere um comunicado da confederação internacional da Cáritas.

Assim ficou decidido cinco linhas de ação, sendo a primeira a promoção, sejam atividades de desenvolvimento, humanitárias e de pacificação, com o objetivo de abordar a “raiz da crise”.

“Não basta olhar os sintomas da crise, porque a crise em Sahel central tem suas raízes nas questões de governo, na distribuição desigual da riqueza, na falta de acesso equitativos de recursos à educação e de oportunidade de vida para os mais pobres, uma vez que muitos jovens unem-se a grupos armados para fugir à pobreza e injustiça”, refere a Cáritas.

Outros pontos de ação passam por promover o papel das organizações da sociedade civil, para “focar temas como a proteção, coesão social, prevenção de conflitos e construção da paz,”; prestar atenção à realidade dos refugiados; exigir coordenação entre os agentes de ajuda humanitária e, por fim, formulação de políticas que reforcem a cooperação internacional, “centrada nas pessoas, pela paz e desenvolvimento sustentável”.

«É fundamental intensificar a ajuda, porque se não se aborda seriamente estas causas subjacentes, as necessidades humanitárias aumentarão e a população de Sahel central pagará o preço mais alto da crise”, afirmou o coordenador regional da Cáritas África.

SN

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