Rússia/Ucrânia: Papa preside a Ato de Consagração, em ligação a Fátima, para afastar cenário de catástrofe nuclear (c/vídeo e fotos)

Momento de oração, com caráter mundial, vai decorrer a partir das 16h00 portuguesas

Foto: Santuário de Fátima

Lisboa, 25 mar 2022 (Ecclesia) – O Papa vai consagrar hoje a Rússia e Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, em ligação a Fátima, durante uma celebração penitencial a que vai presidir no Vaticano, a partir das 17h00 (16h00 em Lisboa).

O mesmo ato vai ser realizado na Cova da Iria, pelo cardeal Konrad Krajewski, esmoler pontifício, como enviado de Francisco, com a recitação do Rosário na Capelinha das Aparições, incluindo mistérios em russo e ucraniano, a partir das 16h00.

O momento de oração, com caráter mundial, vai pedir que a humanidade seja preservada da “ameaça nuclear”.

“Libertai-nos da guerra, preservai o mundo da ameaça nuclear”, refere o texto da consagração ao Imaculado Coração de Maria, divulgado pelo Vaticano, com tradução em mais de 30 línguas.

“O povo ucraniano e o povo russo, que Vos veneram com amor, recorrem a Vós, enquanto o vosso Coração palpita por eles e por todos os povos ceifados pela guerra, a fome, a injustiça e a miséria”, indica a oração que vai ser proferida pelo Papa, em união a todos os bispos e padres dos cinco continentes, convidados a participar neste ato solene.

Francisco diz que a humanidade perdeu o “caminho da paz”.

“Esquecemos a lição das tragédias do século passado, o sacrifício de milhões de mortos nas guerras mundiais”, lamenta.

O testemunho dos videntes de Fátima regista que, na aparição de 13 de julho de 1917, Nossa Senhora lhes disse: “Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados”.

“Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”, registava Irmã Lúcia, falecida em 2005, nas suas ‘Memórias’.

A 25 de março de 1984, o Papa São João Paulo II presidiu à consagração do mundo ao coração de Maria, no Vaticano, diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima, venerada na Capelinha das Aparições, a mesma que, em 2000, colocou entre os bispos de todo o mundo, consagrando-lhe o terceiro milénio.

Numa carta divulgada esta quarta-feira, Francisco convocou os bispos de todo o mundo para que se unam a si.

“Convido-o, querido irmão, a unir-se ao referido Ato, convocando os sacerdotes, os religiosos e os outros fiéis para a oração comunitária nos lugares sagrados, no dia de sexta-feira 25 de março, de modo que o santo Povo de Deus faça, de modo unânime e veemente, subir a súplica à sua Mãe”, escreveu.

O mesmo convite foi feito no domingo a “cada comunidade e cada fiel” da Igreja Católica.

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) anunciou que se vai associar à consagração, “em profunda comunhão com o Santo Padre”.

“Os bispos portugueses procurarão estar presentes nesta celebração em Fátima”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

OC

Em carta dirigida a Pio XII, a 2 de dezembro de 1940, a irmã Lúcia, a mais velha das videntes de Fátima, pedia que fosse atendido o pedido de Nossa Senhora, reafirmado em aparições posteriores na Galiza, para que fosse proclamada a devoção ao Imaculado Coração de Maria e a consagração do mundo, e em especial da Rússia.

Em resposta aos pedidos, este Papa consagrou o mundo e a Igreja ao Imaculado Coração de Maria, a 31 de outubro de 1942, e renovou a consagração da Rússia, a 7 de julho de 1952.

A 21 de novembro de 1964, São Paulo VI renovou a consagração da Rússia ao Imaculado Coração, na presença dos participantes no Concílio Vaticano II.

A 13 de outubro de 2013, o atual Papa consagrou o seu pontificado a Nossa Senhora de Fátima, no Vaticano, diante da imagem da Capelinha das Aparições, transportada excecionalmente para a Praça de São Pedro.

Francisco visitou Fátima a 12 e 13 de maio de 2017, no centenário das Aparições, tendo canonizado os pastorinhos Francisco e Jacinta Marto.

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