Rumo a Valência

A ansiedade de ver chegada a hora de nos encontrarmos com o Santo Padre no V Encontro Mundial das Famílias é grande. Queremos agradecer-lhe o apelo urgente para que sejamos famílias autênticas, verdadeiros educadores da Fé, convite, aliás, que desejamos se transforme num momento de reflexão, oração e partilha com outras famílias que, tal como nós, almejam por uma sociedade mais justa, fraterna e autêntica. Estamos esperançados que este encontro seja para todas as famílias, e famílias das famílias, a oportunidade de crescimento da nossa Fé, discernimento da nossa vocação de pais e responsáveis pela educação cristã dos nossos filhos, frutos do nosso amor conjugal. Procuramos ainda neste encontro – que nos responsabilizará, fortemente, para a transmissão da Fé – a força e coragem para enfrentarmos sem vacilar as dificuldades que se nos apresentam pela frente. Sabemos que a relação educativa é, pela sua natureza, uma matéria delicada: com efeito, envolve a liberdade do outro, a qual é sempre provocada – por muito docemente que o seja – a tomar uma decisão. Nem os pais, nem qualquer outro educador se podem substituir à liberdade do filho, da criança, do rapaz, ou do jovem a quem se dirigem. De um modo especial, a proposta cristã interpela a fundo a liberdade, chamando-a à fé e à conversão. Hoje, um obstáculo particularmente insidioso na obra educativa é constituído pela presença massiva na nossa sociedade e cultura, daquele relativismo que, ao não reconhecer nada como definitivo, tem como última medida apenas o próprio eu com os seus apetites e prazeres, tornando-se para cada um, sob a aparência de liberdade, uma verdadeira prisão. Queremos, assim, que as nossas famílias se mantenham verdadeiras células de resistência cristã, onda a fé é transmitida pela vida, pelo exemplo, pelo testemunho. Onde a fé é vivida no amor cristão e de onde a própria fé se irradia com força da atracção, justamente porque é viva, capaz de atrair outros para a mesma vivência. Queremos ser perseverantes para resistir, mesmo que a Verdade que nós acreditamos esteja desacreditada pela maioria. Desejamos enfim que este encontro nos entusiasme suficientemente, para que nesta nossa Igreja de Roma, cada paróquia, comunidade religiosa, associação ou movimento participe mais intensamente na alegria e nas fadigas da missão e assim cada família e toda a comunidade cristã redescubram no amor do Senhor a chave que abre a porta dos corações e que torna possível uma verdadeira educação na fé e uma autêntica formação das pessoas. Bernardete e Rui Santos Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar de Coimbra

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