Ecos em Portugal

A proximidade com a sede do V Encontro Mundial das Famílias (EMF) faz com que o evento seja acompanhado, em Portugal, com grande expectativa, como confessa ao programa ECCLESIA D. António Carrilho, presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família. “Sabemos que o Encontro foi planificado com bastante antecedência e com o empenho do próprio Papa, para além de toda a Conferência Episcopal Espanhola. O convite lançado à Europa e ao mundo vai levar a Valência, com certeza, muita gente”, refere. Para este Bispo, o EMF reunirá “gente empenhada”, seja no Congresso, seja no encontro com o Papa. “Esperamos trazer boas notícias, sobretudo projectos de ordem pastoral sobre a transmissão da fé na família”, explica. D. António Carrilho destaca as várias chamadas de atenção que o Papa tem lançado, no actual pontificado, para a realidade familiar como “célula fundamental da sociedade e da Igreja”. Embora não seja possível adiantar um número exacto de peregrinos portugueses, é certo que serão várias centenas, em especial nos dias finais do Encontro, que já contarão com a presença de Bento XVI. “A organização foi feita, sobretudo, ao nível dos movimentos e dos grupos”, explica. A delegação portuguesa a este Encontro será presidida por D. António Carrilho, D. Amândio Tomás e D. Antonino Dias, da Comissão Episcopal do Laicado e Família. Apesar dos apelos dos Bispos portugueses em favor de uma grande participação no V EMF, são vários os secretariados diocesanos da pastoral familiar que se queixam de dificuldades logísticas e de mobilização. O Pe. Domingos Paulo, do Departamento da Pastoral Familiar de Braga, revela à Agência ECCLESIA que cerca de 60 pessoas da Diocese irão até Espanha, mas lamenta “algumas dificuldades em termos de alojamento e em termos de informação”, com pessoas a ficarem mesmo fora de Valência. Manuel Marques, do Secretariado da Pastoral Familiar no Porto, também aponta o dedo à incapacidade de resposta da organização do evento, que nunca respondeu às perguntas concretas dos responsáveis por este organismo. As agências a quem a organização do EMF confiou o alojamento dos peregrinos deixaram de garantir o mesmo já desde o dia 10 de Março. De Coimbra viajam cerca de 60 pessoas, havendo um grupo que se desloca fundamentalmente em viaturas particulares. Jorge Cotovio, de Coimbra, destaca a disponibilidades de paróquias e movimentos, mas também sublinha os problemas relativamente ao alojamento: “conseguimos, através de contactos com a Obra de Santa Zita, alojamento em instituições religiosas, mas não sabemos muito bem onde vamos ficar”. “Havia mais alguns casais que gostariam de ir, mas não conseguimos mais alojamentos”, assegura. As catequeses preparatórias divulgadas por ocasião do EMF serão aproveitadas, pelas várias Dioceses, para dar seguimento à reflexão lançada pelo encontro. O Pe. Domingos Paulo adianta que, em Braga, “queremos que as equipas de pastoral familiar trabalhem estas cate-queses, porque o Encontro não deve terminar no dia 9”. O tema da transmissão da fé na família será mesmo o centro da pastoral familiar para o próximo semestre, na Arquidiocese bracarense. Manuel Marques assegura que, no Porto, estas catequeses serão aproveitadas “ao longo do ano”, para se beneficiar de “toda a reflexão que elas contêm”.

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