O grupo Renascença está a estudar a criação de uma nova marca de rádio dirigida aos ouvintes da faixa etária acima dos 54 anos, disse ontem à Agência Lusa o presidente do conselho de gerência da empresa. A ideia de desenvolver uma nova oferta de conteúdos vocacionada para o público mais idoso, que poderá evoluir para uma nova estação do grupo, surge no seguimento do recente reposicionamento da emissora católica portuguesa, que pretende captar novos ouvintes na faixa etária entre os 35 e os 54 anos. «Tivemos a preocupação de rejuvenescer a Renascença », afirmou o cónego João Aguiar Campos, admitindo, no entanto, que esta estratégia poderá levar a um eventual afastamento do auditório mais idoso e tradicional. «Temos que pensar nesse público mais idoso e iremos trabalhar para aprofundar essa ligação», referiu o responsável, explicando que o objectivo do grupo é apresentar uma oferta de conteúdos alternativa, ideia que já tinha avançado numa entrevista ao especializado “Meios & Publicidade”. Assim, a empresa está a estudar o desenvolvimento do projecto Renascença Regiões, uma área que engloba actualmente 8 estúdios regionais com programação própria, que emitem em cadeia de segunda a sexta-feira, das 14h00 às 18h00, música, reportagens e um grande noticiário de informação regional. Uma experiência que poderá evoluir, segundo João Aguiar Campos, para «uma alternativa nacional mais consistente » e para a criação de uma nova marca do grupo Renascença. Um dos aspectos a ter em conta neste processo, que está entre os principais pontos da estratégia do grupo Renascença para o próximo ano, será a evolução técnica das estruturas regionais. A saída das instalações históricas do grupo de rádio na Rua Ivens será outro dos assuntos prioritários para 2007.