Religiosos assassinados durante a ditadura argentina a caminho dos altares

Jorge Mario Bergoglio, Arcebispo de Buenos Aires, deu luz verde à abaertura do processo de beatificação e canonização de três padres e dois seminaristas assassinados em 1976, sob a ditadura argentina. A arquidiocese da capital argentina irá agora levar a cabo um estudo aprofundado da vida e dos escritos dos cinco religiosos palotinos, investigando ainda as circunstâncias da sua morte através de testemunhos de quem os acompanhou de perto. A causa será depois transferida para a Santa Sé. Na Congregação para as Causas dos Santos teólogos, médicos e historiadores irão analisar esses dados. As suas conclusões serão depois submetidas ao exame da “Ordinária” do Dicastério, composta por 30 membros, entre Cardeais, Arcebispos e Bispos: é a eles que compete aprová-las ou não. Os padres Pedro Duffau, Alfredo Leaden e Alfredo Kelly, e os seminaristas Salvador Barbeito e Emilio Barletti foram encontrados mortos na sala comunitária da paróquia de San Patricio, atingidos por vários tiros. A justiça nunca encontrou os culpados, mas segundo depoimentos recolhidos na altura, a polícia secreta da ditadura poderá ter estado por detrás dos assassinatos. Este foi o acontecimento mais sangrento da história da Igreja na Argentina, na última ditadura, mas pensa-se que cerca de uma centena de sacerdotes e religiosos foram mortos nesse período.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top