Relativismo ameaça novas gerações, diz Bento XVI

Bento XVI alertou para os riscos do relativismo e da secularização na formação das novas gerações, num discurso dirigido ao mundo universitário católicos dos EUA. O Papa alertou para a importância da educação num tempo de relativismo crescente falta de valores, sobretudo, daqueles para quem a novidade é a única coisa que realiza a liberdade. “Observamos hoje certa timidez diante da categoria do bem e uma imprudente caça de novidades em evidência como realização da liberdade. Somos testemunhas da convicção de que toda esperança tenha o mesmo valor e da relutância em admitir imperfeições e erros. E particularmente inquietante é a redução da preciosa e delicada área da educação sexual à gestão do ‘risco’, privada de qualquer referência à beleza do amor conjugal”, assinalou. Falando na Universidade Católica de Washington, o Papa firsou que “0s conflitos pessoais, a confusão moral e a fragmentação do conhecimento” colocam novos desafios para a formação académica e a educação, “fundados na unidade da verdade e no serviço à pessoa e à comunidade”. A situação é ainda mais delicada, segundo Bento XVI, “nas sociedades em que a ideologia do secularismo coloca uma divisória entre verdade e fé”. “Esta divisão levou à tendência de igualar verdade e conhecimento e de adoptar uma mentalidade positivistica que, rejeitando a metafísica, nega os fundamentos da fé e rejeita a necessidade de uma visão moral. Verdade significa mais do que conhecimento: conhecer a verdade nos leva a descobrir o bem. A verdade fala ao indivíduo na sua inteireza, convidando-nos a responder com todo o nosso ser”, sublinhou. Para Bento XVI, “a autêntica liberdade não pode jamais ser alcançada no afastamento de Deus. Uma escolha semelhante significaria, em última análise, subestimar a genuína verdade de que precisamos para nos entendermos a nós mesmos”. “A revelação de Deus oferece a todas as gerações a possibilidade de descobrir a verdade última sobre a própria vida e sobre o fim da história. Este dever não é nada fácil: envolve toda a comunidade cristã e motiva toda geração de educadores cristãos a garantir que o poder da verdade de Deus forje toda dimensão das instituições”, prosseguiu. O Papa pronunciou-se, em particular, sobre a necessidade de deixar vincada a identidade católica nas Universidades que se apresentam como tal: “Aceitamos a verdade que Cristo revela? Nas nossas universidades e escolas, a fé é tangível? Atribuímos à fé fervorosas expressões na liturgia, nos sacramentos, mediante a oração, os gestos de caridade, a solicitude pela justiça e o respeito pela criação de Deus?”, perguntou. Bento XVI concluiu com “uma palavra especial de encorajamento aos catequistas, leigos e religiosos que se empenham em assegurar que os jovens se tornem, a cada dia, mais capazes de apreciar o dom da fé”.

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