Lisboa, 13 dez 2013 (Ecclesia) – Wael Suleiman, diretor da Cáritas na Jordânia, explicou à Agência Fides a situação dos refugiados sírios no Líbano e na Jordânia e que estão a ser afetados pela tempestade de neve e chuva no do Mediterrâneo oriental.
“No campo de refugiados de Zaatari a tempestade fez voar muitas barracas. Mesmo fora do campo organizado há quem viva nas mesmas condições. Como Caritas intensificamos a distribuição de cobertores e fogões”, revelou Wael Suleiman, diretor da instituição na Jordânia.
À Agência Fides, do Vaticano, o responsável explicou que desde o início da emergência de refugiados já ajudaram 200 mil sírios.
“Eles continuam a chegar mesmo com a neve e o frio e não podemos atender as necessidades desta maré de mulheres, crianças e homens que fogem da guerra para uma vida de dificuldades e sofrimento”, acrescentou Wael Suleiman.
O responsável contabilizou, esta quarta-feira, a chegada de mais 700 refugiados da Síria e assinala que, “nos primeiros dias de dezembro”, o número de pessoas que encontrou refúgio na Jordânia “tinha alcançado o número exorbitante de um milhão e 322 mil”.
Segundo o diretor da Cáritas na Jordânia, a situação de emergência agravada pelas condições climatéricas afetou também refugiados no Líbano, sobretudo nos campos do vale do Bekàa e no distrito de Akkar, onde vivem “pelo menos 80 mil pessoas” em tendas.
Ao Líbano, os refugiados sírios chegam principalmente da região montanhosa de Qalamun, “também coberta de neve, onde nas últimas semanas se intensificou o conflito entre exército regular e fações rebeldes”, desenvolve Wael Suleiman.
CB/OC