Visita do Superior Geral a Portugal demonstrou vitalidade nacional e mundial da Congregação A Província portuguesa dos Redontoristas recebeu recentemente a visita do Governo geral da Congregação. Em Portugal esteve o Pe. Joseph Tobin, Superior Geral para abordar os problemas que surgem dentro da congregação, na vida dos consagrados, mas também a evangelização que desenvolvem. O Pe. António Gomes Dias, Provincial dos Redentoristas em Portugal, explica à Agência ECCLESIA que a cada seis anos o Governo geral visita as províncias. Passando pelas províncias italiana, portuguesa e espanhola, os responsáveis terminaram ontem o encontro em Madrid, Espanha. Os Redentoristas encontram-se presentes em diversas dioceses e paróquias portuguesas. A realidade que os sacerdotes encontram na zona da Amadora é diferente de Lagos ou Vila Nova de Gaia. Nascidos há 275 anos, os Redentoristas como missionários, estão espalhados por todo o mundo, “estando ao serviço das pessoas, em especial das que mais necessitam”. Recentemente a Província portuguesa viveu o seu Capítulo para rever as decisões que tomam e perspectivar o seu trabalho para os três anos seguintes. A aposta no trabalho com os mais carenciados, sobretudo junto dos mais abandonados, nos campos da missão foi apontada como fundamental. Assim como a atenção ao sector da comunicação em ordem à missão, atendendo às novas tecnologias para um melhor serviço à evangelização. Os Redentoristas estão apostados em formar, promover e apoiar os leigos para se tornarem mais activos na Igreja e querem investir no campo da pastoral juvenil e vocacional. O Pe. Joseph Tobin, “aceita as opções feitas pelas províncias, tendo em conta também a orientação da Congregação”, aponta o Pe. António Gomes Dias. No entanto, o Superior Geral insistiu, nesta reunião que juntou as três províncias, que a Congregação deve estar ao serviço da evangelização dos mais necessitados e levar a “promoção humana às pessoas”. No entanto, “a evangelização pode ser feita de muitas formas”, adverte o provincial português. Nas paróquias onde estão presentes “tentamos responder aos mais necessitados”. Na paróquia da Buraca, por exemplo, que compreende o Bairro da Cova da Moura, a preocupação social está muito presente. “Temos um centro social, mesmo dentro do bairro”, aponta. Nesta paróquia da Diocese de Lisboa acresce também o desafio da imigração. O Pe. Tobin chama a atenção para o acolhimento aos imigrantes “pois estes são cidadãos do mundo”. A globalização chama a atenção para os problemas do mundo, mas pede também uma grande cooperação. “Devemos estar presentes com um grande sentido de diálogo missionário”, aponta o Provincial português, apesar de algumas dificuldades. “Neste momento temos menos vocações, no entanto, continuamos a estar ao serviço e trabalhar”, aponta o Provincial português. As visitas do Governo geral são também ocasião para partilhar as realidades das missões de outras províncias. Os Redentoristas encontram-se presentes em 77 países, num total de cerca de 5500 sacerdotes, espalhados pelo mundo. Na Europa, zona Sul, as vocações têm diminuído, mas a Congregação está a aumentar na Ásia, América Latina e em África. “Tendo esta visão universal é importante perceber que a Congregação, apesar de diminuir em alguns locais, está com grande vitalidade noutros locais do mundo”, aponta o Pe. António Dias. “É a vantagem de estarmos espalhados pelo mundo”.