Rádio aproxima religiões em Portugal

Lisboa, 13 fev 2012 (Ecclesia) – A presença num espaço comum da rádio pública, ‘A Fé dos Homens’, serviu para aproximar as várias religiões em Portugal, refere o representante católico na Comissão do Tempo de Emissão das Confissões Religiosas (CTECR).

O cónego António Rego diz ao programa ECCLESIA, a ser transmitido esta noite na Antena 1 (22h45), que o espaço radiofónico permitiu conhecer “outras pessoas, igualmente honestas, que procuram Deus na sua vida, na sua visão do mundo”.

“Para nós, Igreja Católica, que conhecíamos muito pouco os não-católicos, foi de alguma forma uma revelação”, constata.

A emissão destaca a celebração, hoje, do primeiro Dia Mundial da Rádio, decretado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

Em 1997, um protocolo assinado entre a RTP e a CTECR permitiu colocar no ar programas como o espaço ecuménico ‘A Fé dos Homens’ (RTP2, 18h00).

Em 2009, as confissões religiosas passaram também a ter um tempo de emissão radiofónica na Antena 1, de segunda a sexta-feira (22h45) e aos domingos (06h00).

O cónego António Rego, antigo diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, diz que a “o lugar da Igreja Católica” não é questionado pelo “reconhecimento de outras expressões de fé, que existem”.

Para o rabino Eliezer di Martino, da Comunidade Israelita de Lisboa, esta presença radiofónica foi “um avanço muito grande” que permitiu um melhor conhecimento das várias comunidades religiosas e gera uma “menor desconfiança” entre elas, o que “faz bem a todos”.

“No passado, quem não fosse membro de uma determinada fé, não conhecia essa fé”, observa.

Pedro Reis, da Comunidade Baha’i em Portugal, sublinha a importância do diálogo para que possa haver “unidade”, dimensão fundamental nesta confissão religiosa, mas lamenta que o espaço “não seja mais alargado, a nível de tempo”.

O diretor-geral da Rádio Vaticano, padre Federico Lombardi, associa-se à celebração desta segunda-feira, destacando a vocação da emissora pontifícia como “voz para a liberdade, para o apoio daqueles que sofrem, dos pobres, das pessoas perseguidas”.

Na mensagem para este Dia Mundial, a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, pede uma rádio “livre, independente e pluralista” para a “promoção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais”.

PRE/OC

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