As instituições sociais estão com “expectativa e muito interesse” sobre a vinda de Bento XVI a Portugal. Em declarações à ECCLESIA o Pe. Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições Sociais (CNIS), avança que no encontro com os agentes sociais – dia 13 de Maio, em Fátima – o Papa vai encontrar “muitas instituições ligadas à Igreja Católica, mas também de outras igrejas e de outras associações que estão a favor das pessoas”.
Na visita que Bento XVI faz a Portugal, de 11 a 14 de Maio, o Papa terá um com os agentes sociais, na Igreja da Santíssima Trindade. Adelina Almeida, Presidente da Associação das Obras Assistenciais da Sociedade de S. Vicente de Paulo, confessa que há uma “preparação em massa para demonstrar o gosto por Bento XVI e beber as palavras dele”.
Adelina Almeida espera que Bento XVI possa dar palavras de “incentivo e apoio” para que haja uma “vontade de trabalhar cada vez mais” em prol dos mais necessitados. “Espero que dê um grande impulso à sociedade”.
A Cáritas Portuguesa editou – com a ajuda das edições Paulinas – um conjunto de quatro temas onde se foca as grandes linhas de pensamento de Bento XVI sobre a questão social. Estes temas foram redigidos na lógica da «velha» Acção Católica: Ver, Julgar e Agir. “Gostaríamos que todos os que vão ao encontro com Bento XVI tivessem contacto com estes textos” – disse Eugénio da Fonseca, Presidente da Cáritas Portuguesa.
Neste encontro, o discurso de boas vindas a Bento XVI fica a cargo de D. Carlos Azevedo, Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, Em relação aos contributos do Papa nesta área especifica da Igreja, D. Carlos Azevedo sublinha as “grandes pistas dadas”. E adianta: “certamente que aquilo que o Papa nos vai dizer pode ajudar a reconfigurar e a redimensionar a presença social da Igreja”.
Em Portugal existem cerca de 1200 Centros Paroquiais Sociais. O Pe. Lino Maia espera que Bento XVI dê uma “palavra de estímulo a esta gente que faz muito e muito bem”. Por sua vez, Eugénio da Fonseca supõe que Bento XVI dirá aos presentes que a acção social “não se faz só por mero altruísmo, mas ela radica – por ser missão da Igreja – nas exigências do próprio Baptismo”.
Bento XVI recolocou a questão social “no centro da acção da Igreja” – salientou o Presidente da CNIS. As encíclicas do Papa alemão – «Deus é Amor» e «Caridade na Verdade» – colocam a tónica na Acção Social da Igreja. Ao fazer referência à «Caritas in Veritate», Adelina Almeida disse de forma peremptória: “Toda a encíclica é uma obra de arte”.