Quatro armas são furtadas ou extraviadas por dia

Quatro armas são furtadas ou extraviadas por dia em Portugal, disse ontem, em Lisboa, o secretário de Estado da Administração Interna, Rui Sá Gomes. Numa audição pública organizada pelo Observatório sobre Produção, Comércio e Proliferação de Armas Ligeiras, Rui Sá Gomes adiantou que a maior parte das armas ilegais em Portugal são provenientes de furtos ou extraviadas. O governante fez também um balanço da actividade das forças de segurança para detecção de armas ilegais em 2008, referindo que foram apreendidas entre Janeiro e Outubro do ano passado, pela PSP e pela GNR, “3933 armas ilegais, 68 por cento das quais armas de fogo”. A maioria das armas apreendidas são armas de caça transformadas, explicou. Das 3933 armas, 30 por cento foram apreendidas em operações especiais e o restante em operações rotineiras, adiantou. Disse ainda que “em 2008 as forças de segurança realizaram 304 operações especiais de detecção de armas em Lisboa, Porto, Setúbal, Coimbra, Viseu e Faro”. O Observatório sobre Produção, Comércio e Proliferação de Armas Ligeiras é um organismo da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), entidade laical que funciona junto da Conferência Episcopal Portuguesa e que foi criada com a finalidade genérica de “promover e defender a Justiça e a Paz”. A evolução da conjuntura económica e social, portuguesa e mundial, vem ampliar e aprofundar preocupações de natureza estrutural com que, desde há vários anos, se vem preocupando esta Comissão. Uma das vertentes dessas preocupações são os sinais de violência que atravessam a sociedade portuguesa, que encontram naquela evolução económica e social o seu suporte. Uma das componentes preocupantes dessa violência tem a sua origem na posse e uso incontrolado de armas ligeiras por parte de particulares. É um processo complexo que exige diagnóstico seguro para que a sua regulação possa ser realizada com eficácia, defende a CNJP. Redacção/Lusa

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top