Quaresma: Primeira mensagem do bispo das Forças Armadas e de Segurança alerta para «situações de penúria»

D. Manuel Linda destina donativos ao Fundo Social Solidário da Conferência Episcopal

Lisboa, 26 fev 2014 (Ecclesia) – D. Manuel Linda, bispo das Forças Armadas e de Segurança, assinou pela primeira vez a mensagem da Quaresma, pedindo que militares e agentes da autoridade se preocupem em olhar uns pelos outros especialmente por aqueles “que suportam especiais situações de penúria”.

O prelado destaca a “grave obrigação do exercício da caridade tu-a-tu para com os camaradas ou civis que suportam especiais e angustiosas situações de penúria ou carência de qualquer ordem”.

O novo bispo das Forças Armadas e Segurança confessa “alguma emoção”, no texto enviado à Agência ECCLESIA, por sentir “sobre os ombros a responsabilidade de primeiro animador da fé e da vida espiritual deste setor determinante para a boa harmonia social de quantos constituem a comunidade nacional”.

O bispo das Forças Armadas e de Segurança adianta que a renúncia quaresmal vai reverter para o “Fundo Social Solidário” da Conferência Episcopal Portuguesa, que “está a acudir a situações particularmente dramática”.

D. Manuel Linda apela a uma maior solicitude “para com os mais débeis, partilhando com eles tempo e emoções e mesmo os bens materiais”, incluindo “os resultantes do sacrifício voluntário de certos extras que não são fundamentais”.

A renúncia quaresmal é uma prática proposta pela Igreja Católica em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo diocesano.

Depois de uma breve explicação contextual sobre a Quaresma, D. Manuel Linda sublinha que é “o esforço contínuo do recomeço da vida nova que passa, na relação com Deus, pelos Sacramentos da Penitência e da Eucaristia e, na relação com os irmãos, incluindo os que não participam da nossa fé, por uma generosidade e grandeza de ânimo” que “leve a partilhar”.

Uma dupla abertura que “deve estar sempre presente”, porque uma “dádiva sem imersão no mistério da paternidade de Deus é filantropia mais ou menos sentimental e devoções sem compromisso social podem não passar de lamentável alienação”.

O bispo das Forças Armadas e de Segurança tomou posse canónica do cargo a 24 de janeiro, depois de ter sido nomeado pelo Papa Francisco a 10 de outubro de 2013, mas persiste a indefinição da sua situação com capelão-chefe no Serviço de Assistência Religiosa das Forças Armadas e das Forças de Segurança.

A Capelania Mor, de acordo com as disposições do artigo 5.º do Decreto-Lei 251/2009, é um órgão de natureza inter-religiosa integrado no Serviço de Assistência Religiosa das Forças Armadas e das Forças de Segurança, que assegura o regular funcionamento da assistência e compreende na sua composição um capelão-chefe, por cada confissão professada, que coordena a respetiva assistência religiosa.

A Igreja Católica coloca sob a jurisdição do Ordinariato Castrense todos os fiéis militares e também aqueles que, por vínculo da lei civil, se encontram ao serviço das Forças Armadas; são também setores integrantes as Forças de Segurança, ou seja, a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública.

MD/OC

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