D. Manuel Felício anuncia que a renúncia quaresmal vai ajudar fundo de solidariedade local e Diocese de Pemba
Guarda, 12 Fev 2021 (Ecclesia) – O bispo da Guarda recorda na sua mensagem para a Quaresma 2021 as vítimas da pandemia e suas famílias, os profissionais de saúde e outros cuidadores, apelando a uma “cultura do cuidado”.
“Querendo nós, ao longo da Quaresma, dar especial cumprimento à recomendação de cuidarmos bem uns dos outros, urge procurar reforçar o nosso propósito de viver a solidariedade e a partilha, especialmente com os mais necessitados”, escreve D. Manuel Felício, num texto enviado à Agência ECCLESIA.
O responsável aborda, na sua reflexão, as práticas ligadas à preparação para a Páscoa, na tradição católica – jejum, oração e esmola.
Em relação ao jejum, o bispo da Guarda sublinha que o alimento e os bens materiais “não são em si mesmos um absoluto”, mas existem para serem “bem geridos a favor de todos, com especial atenção aos mais necessitados”.
Daí a recomendação da esmola e da partilha com as instituições de caridade que procuram “ajudar quem precisa, privilegiando os mais fragilizados”, acrescenta.
Na mensagem intitulada ‘Quaresma – Tempo para fortalecer a cultura do cuidado’, D. Manuel Felício propõe também uma “mudança de mentalidade e de comportamentos”.
A Quaresma é um tempo de 40 dias que se inicia com a celebração das Cinzas (17 de fevereiro, em 2021), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, este ano a 4 de abril.
O bispo da Guarda indica ainda o destino do contributo penitencial ou a renúncia quaresmal, com que cada católico se associa, através dos seus donativos, a uma causa solidária estabelecida em cada diocese.
Os contributos vão “ajudar a superar a grave crise humanitária que se vive no norte de Moçambique, em que continua a crescer o número de mortos e refugiados”; outra parte é destinada a “um fundo de solidariedade, dentro da diocese, gerido conjuntamente pela Caritas e pelas Conferências Vicentinas, para responder a necessidades novas, fruto da pandemia”, precisou o responsável católico.
LFS/OC