Quando as marchas vão à missa

Na missa da Igreja de São Tiago, no passado domingo (dia de São João), houve outra cor, som e festa: a marcha da Paróquia entrou na Igreja para celebrar o Santo do dia. Com efeito, cerca de centena e meia de figurantes – desde os quatro até aos setenta anos – acompanhados pelos respectivos arcos e coreografias foram celebrar a missa de domingo… numa sintonia de fé, tradição e evangelização. Com efeito, a Paróquia de Santiago, Sesimbra, meteu novamente este ano ombros a comemorar os ‘santos populares’, concretamente, por ocasião do São João e do São Marçal. Esta iniciativa, que vem sendo realizada, desde há cinco anos, consta do arranjo do adro da Igreja Paroquial e da apresentação da marcha da Paróquia. Se os motivos de decoração do adro procuraram tentam reconstruir um espaço do corte da época do século dezanove, os adereços dos arcos da marcha procuram encarnar os sinais marítimos mais representativos tanto de Sesimbra como das embarcações típicas da faina marítima. De referir que na execução do trabalho de ornamentação do adro foram feitas mais de oito mil flores em papel, cerca de vinte mil ervilhanas, que foram umas e outras penduradas em cerca de mil e quinhentos paus pintados. Todo este trabalho teve a colaboração dos vários grupos, serviços e movimentos da Paróquia, numa consonância digna de ser relevada e publicitada… numa articulação sintonizada da diversidade para a unidade… social, paroquial e cultural. Através da música e do canto se foi construindo a festa de todos, com todos e para todos. Não deixando morrer a tradição dos ‘santos populares’, a Paróquia de Santiago tem procurado fazer deste momento uma oportunidade de articular a fé com a festa, conjugando ainda o atractivo da Igreja – templo e comunidade – com a necessidade de anunciar Jesus a tantos que d’Ele se vão esquecendo, mesmo que usufruam das festas dos santos. Apesar de tudo os recursos económicos são exíguos, mas a boa vontade é maior do que todos os obstáculos, mesmo os mais inesperados. A edilidade deu alguma ajuda nos custos. A. Sílvio Couto

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