Qatar acolhe judeus, católicos e muçulmanos para conferência internacional

Diálogo entre religiões é essencial para promover a solidariedade

A “solidariedade humana” está no centro da 7ª Conferência Internacional sobre o Diálogo Inter-religioso, a decorrer no Qatar. Participam no evento cerca de 170 delegados judeus, católicos e muçulmanos.

“A humanidade está a sofrer por causa dos desastres naturais, das guerras, da pobreza e da penúria, e mais de 800 milhões de pessoas passam fome, das quais 240 milhões em África. Todo este sofrimento necessita da criação de uma organização moral a fim de implementar o diálogo que tem bases comuns”, disse Ibrahim bin Saleh al Nuaimi, presidente do Conselho do Centro Internacional de Doha para o Diálogo Inter-religioso (Dicid), promotor do encontro.

Para o secretário-geral da Organização da Conferência Islâmica, Ekmeleddin Ihsanoglu, a solidariedade deve servir para resolver os problemas do homem, que não são somente de ordem teológica, mas social, económica e política.

Já o presidente do Conselho das Instituições Judaicas da França, Bernard Kanovitch, destacou que “todas as pessoas foram criadas sobre as mesmas bases e isso impõe ao homem trabalhar pela unidade”.

Como refere o jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, no âmbito da Conferência foi publicado um documento sobre a grave situação no Ruanda e, em geral, na região dos Grandes Lagos.

No documento, reitera-se que a solidariedade humana é a resposta às mudanças climáticas, ao tráfico de menores, a doenças como a SIDA e a todas as outras emergências.

“A solidariedade impõe a acção, e não é permitido comprometer o futuro do planeta”, pode ler-se.

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