Publicações: «Futuro da Igreja», a tradução «simples e frontal» dos temas e questões eclesiais

Livro do padre Fernando Calado Rodrigues, da Diocese de Bragança-Miranda

Lisboa, 07 jan 2015 (Ecclesia) – O padre Fernando Calado Rodrigues publicou o livro «Futuro da Igreja», que resulta das crónicas semanais que escreve num jornal nacional, onde traduz para as questões que marcam a atualidade da Igreja de forma “simples, clara e frontal”.

“É importante que a igreja dialogue com o mundo e traduza os seus assuntos e problemáticas. Muitas vezes o discurso da igreja é um pouco hermético, difícil de compreender a quem não é iniciado”, revela o sacerdote da Diocese de Bragança-Miranda.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o autor explica que foi desafiado a “refletir” sobre o que acontece na Igreja de forma “clara e simples” para que “todos os públicos” possam “compreender melhor” as questões que marcam atualmente a Igreja.

Desta forma, o livro o «Futuro da Igreja» resulta das crónicas semanais que o sacerdote escreve num jornal nacional.

Segundo o entrevistado, não existem temas não tratados no debate que a Igreja proporciona uma vez que foi abandonada “uma postura de declarar temas tabus” por isso nas suas reflexões são abordados todos os assuntos porque é preciso saber “enfrentá-los de forma frontal, sem esconder”.

“Não é agradável para a Igreja que determinadas coisas aconteçam mas é importante olharmos com frontalidade e encontrarmos as formas de os prevenir, resolver se possível e encontrar soluções e repostas para os dramas humanos”, desenvolve o padre Fernando Calado Rodrigues.

Para o autor do livro «Futuro da Igreja» “todos os cristãos” podem refletir sobre a realidade e “ajudar” a Igreja a “trilhar novos caminhos” mantendo-se “fiéis à tradição”, ao Evangelho e hoje aos “dinamismos” do Papa Francisco.

“O Papa está a obrigar a Igreja a sair, a recentrar-se no fundamental, a regressar às origens e à mensagem evangélica de Jesus. Temos muito espaço de reflexão embora podemos pensar, inovar e renovar na fidelidade à tradição da Igreja”, acrescenta o sacerdote que se revela “fascinado” com o exemplo e o testemunho de Francisco.

Neste contexto, e mesmo com “setores onde há resistências”, o interlocutor destaca que é possível assistir a uma “mudança de ambiente”, uma preocupação de enfrentar e refletir sobre determinadas questões impulsionada pelo “efeito Francisco”.

“Eu acredito que o futuro da Igreja passa pelo Papa mas o futuro não será como nunca foi só o Papa Francisco”, assinala o padre Fernando Calado Rodrigues que considera que este “efeito” que tem mais influência fora da Igreja mas vai conseguir “envolver outras pessoas”.

A reforma da Igreja começou com o Concílio Vaticano II e, segundo a análise do sacerdote, desde esse “marco” cada Papa tentou introduzi-la na fidelidade à tradição mas Francisco tem “melhor imprensa” e “uma postura mais simpática ou mais agradável”.

O entrevistado revela-se ainda “muito sensível ao discurso do Papa” que pede atenção e apela a ir às periferias porque mora e trabalha na Diocese de Bragança-Miranda, “uma periferia”, onde se sente a influência de Francisco.

Segundo o padre Fernando Rodrigues Calado, as pessoas exigem “outra postura, acolhimento” e forma de se “relacionarem com o mundo”, mesmo com as que se sentiam “um pouco discriminadas” existe um regresso “aos sacramentos, a uma relação com a comunidade cristã”.

PR/CB

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