Publicações: Editoras aumentaram vendas online na pandemia mas destacam importância do contacto com o público

Padre Tiago Melo lembra que as pessoas «não desistiram de ir atrás da cultura, dos livros» na feira do livro

Foto Lusa, Feira do Livro de Lisboa 2021

Lisboa, 26 ago 2021 (Ecclesia) – A Feira do Livro abre hoje portas em Lisboa e esta sexta-feira no Porto, pelo segundo ano consecutivo em contexto da pandemia Covid-19 que tem afetado o mercado livreiro e editorial, sem que as pessoas tenham “deixado de ir atrás da cultura”.

“O ano passado foi uma experiência interessante, o vírus estava mais forte, mais atuante no nosso meio e a feira aconteceu com todo o cuidado e o resultado foi positivo. As pessoas não desistiram de ir atrás da cultura, de ir atrás dos livros e de participar desses eventos”, disse o diretor editorial da Paulus Editora.

Foto Editora Paulus

Em declarações à Agência ECCLESIA, o padre Tiago Melo adianta que no contexto da pandemia, dos confinamentos e das lojas fechadas tentaram “migrar o público para o digital”, aumentaram as vendas online, e uma “preocupação era como alcançar o público tradicional”, que ia aos espaços comerciais e não usa os meios digitais.

A irmã Eliete Duarte, diretora da Paulinas Editora, explicou que em contexto de pandemia aumentaram “a edição de autor” e tentaram “intensificar as vendas online e a presença nas redes sociais”.

“Como toda a gente, a Paulinas Editora e a sua rede de livrarias  também foi afetada não só pelo tempo de confinamento em que estiveram fechadas, mas porque as pessoas continuam com receio”, acrescentou.

O diretor da Rede Mundial de Oração do Papa em Portugal, em representação das diversas Publicações Jesuítas, recorda que o início da pandemia Covid-19, foi sobretudo “um desafio muito grande” e este ano têm estado a consolidar as apresentações de livros online que são “conversas sobre temas da fé, da vida”.

“Sentimos uma busca grande de subsídios para a oração, também da vida espiritual. As pessoas precisam sempre mas nesta altura ainda mais de ferramentas para viver o tempo presente”, acrescentou o padre António Valério, em declarações à Agência ECCLESIA.

A Lucerna, chancela da Editora Principia dedicada à temática religiosa, realça que o “aumento” das vendas eletrónicas neste período pandémico “não compensa as perdas no comércio tradicional” e salienta que as livrarias “fazem falta a todos os editores em qualquer momento”.

“Tanto por causa das vendas diretas quanto como montra das novidades para aqueles que posteriormente preferem comprar online. Não cremos, aliás, que as livrarias possam ser substituídas pelo comércio digital, embora ambos os canais possam (e devam) coexistir para facilitar o acesso dos leitores aos livros”, explicou Inês Sassetti.

A 91.ª Feira do Livro de Livro de Lisboa começa esta quinta-feira, a partir das 12h30, até ao dia 12 de setembro, e é a segunda maior edição de sempre; No Parque Eduardo VII estão 744 marcas editorias, em 131 expositores, distribuídos por 325 pavilhões.

“Não sabemos a reposta do público mas acredito que vai ser bem mais positiva do que no ano passado”, acrescentou o diretor editorial da Paulus Editora.

A 91ª Feira do Livro de Lisboa começa hoje e termina no dia 12 de setembro e reúne 131 expositores e 325 pavilhões, num total de 744 marcas editoriais presentes; a edição que decorre no Porto, no Palácio Crital, inicia amanhã e decorre também até 12 de setembro, com 78 entidades presentes em 124 pavilhões, numa edição que evoca o escritor portuense Júlio Dinis (1839-1871).

CB/PR

 

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