Proteção de Menores: Vaticano diz ter imposto «restrições disciplinares» a D. Carlos Ximenes Belo

Congregação para a Doutrina da Fé foi informada das acusações em 2019

Foto: Ricardo Perna

Cidade do Vaticano, 29 set 2022 (Ecclesia) – O Vaticano informou hoje que impôs “restrições disciplinares” a D. Carlos Ximenes Belo, antigo administrador apostólico de Díli, a partir de 2020, após ter recebido acusações contra o bispo emérito.

“A Congregação para a Doutrina da Fé envolveu-se no caso, pela primeira vez, em 2019. À luz das acusações recebidas sobre o comportamento do bispo, em setembro de 2020 a congregação impôs-lhe algumas restrições disciplinares”, assinala uma nota enviada aos jornalistas pelo diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.

O porta-voz do Vaticano precisa que as medidas previam “limitações às suas deslocações e ao exercício do seu ministério, a proibição de contactos voluntários com menores, de conceder entrevistas e de contactos com Timor-Leste”.

Segundo a nota, as medidas acabariam por ser “modificadas e reforçadas” em 2021, e os vários procedimentos foram “formalmente aceites” pelo bispo emérito, nas duas ocasiões.

O jornal holandês ‘De Groene Amsterdammer’ publicou esta quarta-feira testemunhos de alegadas vítimas de abusos sexuais que teriam sido cometidos, quando eram menores, pelo ex-administrador apostólico de Díli e Nobel da Paz.

A 26 de novembro de 2002, o Papa João Paulo II aceitou a renúncia de D. Carlos Ximenes Belo, então com 54 anos, com base no Cânone 401 § 2 do Código de Direito Canónico, ou seja, por motivos de “saúde precária ou outra causa grave”.

O responsável timorense aludiu então a problemas de saúde e à necessidade de um “longo período” de recuperação.

OC

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