D. Manuel Clemente garante «tudo fazer para que tais casos não se repitam» em carta dirigida aos diocesanos
Lisboa, 01 set 2022 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa reafirmou hoje o seu “pedido de perdão institucional e convicto” pelos casos de abusos sexuais, garantindo garantindo “tudo fazer para que tais casos não se repitam”
“Retomo o que disse na última Missa Crismal, dirigindo um pedido de perdão institucional e convicto a quem foi vitimado e garantindo tudo fazer para que tais casos não se repitam, ou tenham tratamento eficaz entre nós, seguindo as determinações civis e canónicas, como temos feito também no âmbito da Comissão Diocesana de Proteção de Menores, a trabalhar desde 2019”, escreveu D. Manuel Clemente.
Na carta aos diocesanos de Lisboa, no início do ano pastoral 2021/2022, enviada hoje à Agência ECCLESIA, o cardeal-patriarca acrescenta que “no campo institucional, é inegável que a Igreja Católica em Portugal está na primeira linha da resposta a tão grave questão”, sublinhando que “não poderia ser doutro modo”.
O cardeal-patriarca acrescenta que não podia deixar de “aludir às notícias de abusos sexuais” que apareceram na comunicação social, no final de julho, nesta mensagem de início de novo ano, e lembra que já explicou “o que se fez e continuará a fazer na diocese, para corrigir e prevenir tais casos”, numa “carta aberta” a 29 de julho, onde explicou o procedimento relativo a caso denunciado em 1999, e que comunicou “pessoalmente ao Papa Francisco, na audiência de 5 de agosto”.
A carta aos diocesanos de Lisboa começa por assinalar que iniciam o ano pastoral 2022/2023 “com o horizonte cada vez mais próximo e definido da Jornada Mundial da Juventude”, que se vai realizar de 1 a 6 de agosto de 2023, na capital portuguesa.
“Com o Papa Francisco, queremos que ela seja para grande número de jovens de todo o mundo uma ocasião por excelência de renovar a esperança e reforçar a solidariedade, após tempos difíceis de pandemia, guerras e dificuldades de subsistência em geral; Certamente que nada se resolverá num ápice, mas ainda mais certo é o facto tão comprovado destas Jornadas, em torno de Cristo e do Evangelho, animarem a muitos no caminho do bem e da paz. – Assim acontecerá de novo”, desenvolveu
D. Manuel Clemente afirma que a realização da JMJ Lisboa 2023 “só pode acontecer como ‘caminho conjunto’, em que as capacidades de cada um são “reconhecidas e suscitadas, rumo a um objetivo comum e evangelizador”.
“A atividade dos comités paroquiais, vicariais, diocesanos e outros, em colaboração com o central (COL), incluindo tantos milhares de jovens nas mais diversas tarefas, criará um bom hábito de participação, decisão e iniciativa que permanecerá e revitalizará as nossas comunidades, tornando-as mais corresponsáveis e missionárias. Poderá ser mesmo esse o principal fruto da JMJ, com largo futuro por diante”, acrescentou.
O cardeal-patriarca de Lisboa insiste que “a primeira condição do êxito” deste encontro mundial de jovens e da sua preparação é a oração, e pede que “em todas as comunidades se reze sempre e muito pela JMJ e os seus frutos”, pessoal, familiarmente e em grupo, na carta publicada no sítio online da diocese.
CB/PR