Promover a colaboração entre leigos

Primeiro encontro nacional quis contrariar desconhecimento e isolamento de grupos laicais

Coimbra, 18 nov 2013 (ECCLESIA) – Alexandra Maria Viana Lopes, coordenadora do primeiro Encontro Nacional de Leigos, afirmou à Agência ECCLESIA os movimentos, associações e obras laicais têm de se conhecer melhor para “colaborar” uns com os outros.

“Cada um vê muito pouco porque vê à sua volta. Todos juntos podemos ver mais. Podemos colaborar em conjunto, podemos ajudar a um discernimento comum das realidades e das necessidades que isoladamente teríamos mais dificuldade de o fazer e podemos, perante as grandes necessidades, ter ações comuns”, referiu a presidente do Conselho Nacional da Conferência Nacional das Associações de Apostolado dos Leigos (CNAL).

A CNAL promoveu este sábado o primeiro Encontro Nacional de Leigos, em Coimbra, sobre o tema “A cultura do Encontro na Igreja e no mundo contemporâneo”.

Alexandra Maria Viana Lopes espera que este encontro “seja um começo de um caminho de comunhão” entre os grupos de leigos que possa ajudar a “levar Deus às pessoas “ e a “ter uma vida mais humana e estruturas sociais mais humanas” sem “anular a diversidade e as especificidades e a riqueza que isso pode trazer à compreensão dos mundo e das coisas”.

“A riqueza que é a experiência de cada um no seu espaço de vida e que pode trazer a um bem comum é enorme”, diz a presidente do presidente do Conselho Nacional da CNAL.

Para a presidente da CNAL, em causa não está um regressar ao tempo da Ação Católica”, que “tinha um caminho, um método uma pedagogia”, mas criar espaços de conhecimento e trabalho em conjunto entre a “diversificação de experiências e de espiritualidades” que marcam associações e movimentos de leigos.

“A riqueza que é a experiência de cada um no seu espaço de vida” pode trazer à construção do bem comum “é enorme”, refere Alexandra Viana Lopes.

Para D. Antonino Dias, presidente da Comissão Episcopal dos Leigos e Família (CELF), é importante promover a “cultura do encontro” porque “é capaz de haver” alguma dispersão entre os muitos movimentos, obras e associações ligadas da CNAL.

“Precisamos que os movimentos se sintam um corpo a atuar na Igreja para que o papel que lhes é próprio se consiga com um testemunho maior de comunhão”, referiu o bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco.

O presidente da CELF considera um “objetivo importante” continuar com estes encontros, “mais ou menos frequentes”, para “cultivar a comunhão” entre os grupos laicais.

A Conferência Nacional das Associações de Apostolado dos Leigos foi aprovada pela Conferência Episcopal Portuguesa em 2011 com “finalidades mais amplas” que as do extinto Conselho Nacional de Movimentos e Obras.

A CNAL reúne 42 associados e tem por objetivo “promover a comunhão entre os seus membros e entre estes e outras entidades eclesiais”, “fomentar o discernimento cristão das realidades contemporâneas e dos desafios da sua evangelização” e “contribuir para uma maior unidade de espírito e de ação no serviço dos leigos no mundo, com o desenvolvimento de ações coordenadas ou comuns entre as associações de fiéis, movimentos eclesiais e novas comunidades de apostolado laical, segundo critérios de necessidade e urgência”.

PR/OC

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