Primeiros Euros com efígie de Bento XVI

A partir de 27 de Abril, vão ser postas à venda as primeiras moedas de Euros com a efígie do Papa Bento XVI, anunciou o Vaticano. A série será composta de oito moedas (de 2 e 1 Euros e de 50, 20, 10, 5, 2 e 1 cêntimos) com a cara idêntica à de todas as outras moedas da zona Euro em circulação, tendo na coroa a efígie de Bento XVI, a inscrição em italiano “Città del Vaticano” e as 12 estrelas da União Europeia. As moedas serão postas à venda numa edição de 85.000 exemplares da versão dita “flor de cunho”, que custará 30 Euros, e numa versão de luxo dita “espécime numismático”, de 16.000 exemplares, que inclui uma medalha de prata do Evangelista S. Mateus, ao preço de 130 Euros. Dada a sua raridade, estes Euros do Vaticano, que podem ser usados legalmente em todos os países da Zona Euro como dinheiro corrente, deverão ser arrebatados por coleccionistas. Os acordos em vigor entre a União Europeia e o Estado italiano – do qual o Vaticano depende para cunhar moeda – incluem um contingente monetário para a Santa Sé. O Vaticano já tinha emitido em Dezembro moedas do pontificado de Bento XVI, mas tratava-se de moedas comemorativas e não de Euros. A primeira série dos “Euros do Papa” foi colocada à venda a 1 de Março de 2003. Em 2005 houve duas séries, uma com a efígie de João Paulo II e outra comemorativa da Sé Vacante. A Santa Sé assinou, a 29 de Dezembro de 2000, a convenção monteária entre o Estado da Cidade do Vaticano e a Itália, no quadro do Comité monetário da União Europeia. Esta convenção deu ao Vaticano o direito de utilizar o Euro como moeda oficial. Os Euros do Vaticano, enquanto moeda única e nacional, tem valor legal em todos os países aderentes ao Euro. Todavia, dada a raridade destas peças, estas são preciosamente conservadas pelos seus proprietários e é impossível vê-las em circulação. O Vaticano celebra em 2004 o 75º Aniversário da assinatura dos “Pactos Lateranenses” que selaram um triplo acordo – um tratado político, um acordo financeiro e uma concordata -, e permitiram a criação do Vaticano como estado soberano. O tratado de 1929 fixou o carácter internacional da Santa Sé, que está reconhecida na legislação internacional e mantém relações diplomáticas com outras nações. A este respeito o Estado da Cidade do Vaticano foi instituído como “uma realidade jurídico-política à qual é necessário identificar e garantir a absoluta e visível independência da Sé Apostólica no exercício de sua elevada missão espiritual no mundo”. O Estado da Cidade do Vaticano tem um território de 44 hectares e está situado no “mons vaticanus”, a “oitava colina” de Roma. As suas fronteiras são as Muralhas Leoninas e o círculo de mármore, no solo, onde confluem os dois braços da colunata de Bernini, na Praça São Pedro.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top