Presentes Solidários a caminho das famílias carenciadas

Campanha da Fundação Evangelização e Culturas fechou com balanço «muito positivo» O espírito de solidariedade ficou espelhado na campanha Presentes Solidários, desenvolvida pela Fundação Evangelização e Culturas, durante esta época natalícia. Uma “boa alternativa aos presentes de Natal habituais”, assim descreve Sara Nobre, responsável pela campanha, que terminou no passado dia 15. Apelar ao verdadeiro sentido do espírito do natalício foi uma aposta ganha, uma vez que o resultado foi muito positivo. “Apesar de não terem um presente concreto em mãos, isso não foi impedimento para a adesão à campanha, mostrando a sensibilidade e mostrando também que as pessoas procuram encontrar um sentido para o Natal”, frisou Sara Nobre. “Um presente simples mas valioso: uma dúzia de frangas poedeiras é uma forma eficaz de ajudar famílias e comunidades carenciadas do Brasil, na região da Amazónia. Estas galinhas irão assegurar um suplemento de ovos, carne e sustento económico. A Amazónia é uma região na América do Sul coberta em grande parte por floresta tropical, cujo grande problema é a destruição desnecessária dos recursos naturais por um lado e a ocupação sem controlo por outro. Dois factores que geram um elevado índice de pobreza.” “Moçambique conta actualmente com cerca de 18,5 milhões de habitantes e uma em cada quatro crianças morre antes de completar cinco anos. Uma das causas principais da elevada mortalidade é a malária, cuja taxa de incidência é de cerca de 20% dos casos de infecção. A malária é transmitida através da picada do mosquito Anopheles e a melhor forma de prevenção é a utilização de redes mosquiteiras”. Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, Timor Leste e São Tomé e Príncipe são os países de destino dos Presentes Solidários. Enxada e sementes, um rádio, rede mosquiteira, um saco de cimento, uma dúzia de galinhas, um kit de higiene e uma chapa de zinco foram as propostas. No total, foram contabilizados 1000 presentes. “Mais do que falar em 1000 presentes, este número representa 1000 famílias que vão ter ou uma rede mosquiteira ou um kit de higiene, ou uma dúzia de galinhas, significando um aumento na qualidade de vida”, sublinha a responsável pela campanha. O presente mais procurados foi a rede mosquiteira, “talvez por ser o presente mais barato”, acusa Sara, sendo que os mais caros, foram os menos procurados. De qualquer forma “os que são em menor número, são na mesma um número muito satisfatório”, refere a responsável, podendo mesmo perceber-se que “uma pessoa adquiriu vários presentes, nunca apenas um”. A campanha decorreu a nível nacional, tendo o Norte do país participado em grande número. A maioria dos participantes são pessoas que conhecem a fundação, “mas pode ler-se um número muito satisfatório que aderiu só pelo espírito da campanha sem conhecer o nosso trabalho”, aponta Sara Nobre. Muitas congregações religiosas internamente fizeram a divulgação, as paróquias também foram sendo veículo de informação o que revela que “estamos todos envolvidos”. Em tempo de balanços, o próximo passo será encaminhar o dinheiro para os parceiros locais, de forma a que eles possam adquirir os presentes. “Todo o material que vai ser adquirido nos próprios países para contribuir para o desenvolvimento económico”. Sara Nobre adianta que “é provável que o processo ainda demore um pouco, porque se trata de comparar muito material, não se trata de 10 redes mosquiteiras apenas, são muitas mais, sendo depois preciso fazer a entrega às famílias”. Esta entrega será depois acompanhada pelos participantes nos Presentes Solidários, porque “foi solicitado aos parceiros que fizessem o registo dessa entrega para posteriormente a divulgarmos em Portugal”, sublinha a responsável pela campanha. A primeira edição foi um sucesso. No próximo ano podem prever-se mais presentes solidários.

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